Como se fossem poucas as dificuldades pelas quais passam os servidores do município de Porto Velho, uma nova fonte de preocupação se acrescenta ao quadro já alarmante que predomina. Refiro-me ao decreto municipal que introduziu várias inovações nos serviços médico-hospitalares prestados pelo Ipam.
O segurado do Ipam, de modo geral, precisa parar para repensar o seu comportamento, diante das medidas insanas, promovidas pela administração petista. Chega de ficar reclamando pelos cantos. Chega de ficar de braços cruzados, assistindo esse governo de faz-de-conta e seus apaniguados sucateando o Ipam. Onde estão os representantes dos segurados, no Conselho Municipal Previdenciário, que, até agora, não se pronunciaram?
É comum, noutras cidades brasileiras, a população sair às ruas para protestar, gritar e reclamar, quando seus direitos são desrespeitados e vilipendiados. Na capital portovelhense, porém, parece haver certa letargia por parte de segmentos da sociedade, diante de absurdos praticados por quem entende ser o patrimônio público um instrumento pessoal, capaz de se amoldar aos seus caprichos e devaneios administrativos.
Precisamos mostrar para o prefeito Roberto Sobrinho, que o Ipam é um patrimônio do servidor do município de Porto Velho, um legado da administração Chiquilito Erse. Urge romper com o arcaísmo petista e abrir novas fronteiras para a instituição. Essa onda barulhenta da mediocridade administrativa, que se encrespa contra o Ipam, precisa ser repudiada pelos seus segurados.
As medidas impostas pelo governo Sobrinho não estão em consonância com as necessidades dos segurados, simplesmente porque os impedem de ter acesso a uma assistência médica de qualidade, empurrando-os para as filas quilométricas dos postos de saúde e hospitais da rede pública, com seus serviços cada vez mais precários.
Os objetivos do decreto municipal, que mudou as regras de procedimentos médico-hospitalares, laboratoriais e ambulatoriais oferecidos pelo Ipam aos seus segurados e dependentes, não são aqueles que cumprem a uma administração verdadeiramente comprometida com o bem-estar dos que prestam serviços à máquina oficial. Por isso, estão fadados ao fracasso.
O prefeito não pode, por decreto, impedir que os segurados do Ipam tenham acesso a serviços médico-hospitalares essenciais. Pelo contrário. A ele cabe dar respostas concretas e imediatas aos problemas que infernizam não somente os servidores municipais, mas, principalmente, a todos os munícipes de Porto Velho. Segurados do Ipam, uni-vos!