Servidores da educação emparedam Sobrinho por melhores salários - Por Valdemir Caldas

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Foto: Divulgação

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Depois de passarem dois dias acampados defronte ao palácio Tancredo Neves (sede do governo municipal) para tentar obrigar o prefeito de Porto Velho, Roberto Sobrinho (PT), a enviar à Câmara o plano de carreira, cargos e salários da categoria, servidores da educação, decidiram, em assembléia geral, pela suspensão do movimento, até à aprovação do PCCS.
 
A decisão foi apertada, afirmou o vereador José Wildes (PT), aliado do prefeito, na sessão de terça-feira. Isso revela o descrédito de que desfruta Sobrinho no seio do funcionalismo. Assim que Wildes deixou a tribuna, foi a vez de a vereadora Ellis Regina denunciar a criação de mais uma penca cargos comissionados na estrutura da prefeitura. Só na procuradoria-geral, segundo ela, serão criados quinze cargos de procuradores, num total de cinqüenta.
 
Na luta por melhores salários, os trabalhadores da educação contaram com o apoio dos mototaxistas, que vêm tentando uma audiência com o prefeito para tratarem da regulamentação do serviço. Não é por demais repisar, contudo, que a matéria já foi aprovada pelo Senado e sancionada pelo presidente Lula. Agora, só resta à administração municipal discipliná-la, mas Sobrinho insiste em fazer ouvido de mercador, acredita-se que para não contrariar os empresários do sistema de transporte coletivo, os mais prejudicados com o serviço de mototáxi.  
 
Desde que as sociedades se constituíram, foi necessário encontrar fórmulas de convivência que assegurassem, a um só tempo, a paz interna e a defesa contra ameaças externas. A primeira só pode ser alcançada quando os interesses coletivos prevalecem sobre os privilégios individuais ou de grupelhos. É sabido que, numa democracia, a vontade da maioria predomina sobre a minoria, sendo certa que esta não pode ser impedida de manifestar-se.
 
O movimento paredista desencadeado pelo pessoal da educação foi emblemático. Não há como condenar a iniciativa desse segmento funcional, simplesmente porque, além de não haver descambado para a agressão ao patrimônio de terceiro ou a simples e pura ofensa a quem quer que seja, revestiu-se de ato legítimo, baseado no interesse de determinada classe social.
 
Negar que tantos país e mães de família percebam remuneração que atenda às suas necessidades básicas e às de seus familiares, além de constituir-se numa afronta inominável à Constituição Federal, revela o elevado grau de apatia da autoridade competente diante de um dos mais graves problemas que asfixia o funcionalismo municipal – a má remuneração.
 

Os índices de reajustes concedidos, até agora, pelo prefeito Roberto Sobrinho, ao grosso do funcionalismo, são uma vergonha, em nada compatível com a defasagem salarial verificada, de modo que os país e mães de família para sobreviverem vêm fazendo muita ginástica financeira – um empréstimo hoje, outro amanhã, dançando no arame sem ser malabarista.

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