O Mundo Sombrio das Obras Inacabadas - Por Valdemir Caldas
Foto: Divulgação
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Muito se tem dito a respeito das obras inacabadas da prefeitura de Porto Velho. Já houve, inclusive, que chegasse ao despautério de jogar o embrulho nas costa de São Pedro pelo atraso. Mas, para o vereador Cláudio da Padaria, o problema tem outro nome: incompetência.
A situação é tão grave que a Câmara de Vereadores decidiu criar uma Comissão, composta por cinco parlamentares e um engenheiro convidado, para investigar o caso.
Nos primeiros dias de janeiro, a Comissão esteve na policlínica Hamilton Gondim, no bairro Tancredo Neves, Zona Leste da cidade.
Ali, o que os vereadores Ellis Regina, Marcelo Reis, Cláudio da Padaria, Carlos Eduardo e Moisés Costa viram, os deixou, além de boquiabertos, indignados. Os problemas vão desde fios elétricos desencapados, passando por infiltrações no teto, até rachaduras nas paredes e buracos no forro.
E de pensar que o prédio ficou fechado durante três anos para reforma. Nesse período, a maioria dos pacientes procurou atendimento na Fundação Beneficente Ronaldo Aragão, que funcionava nas proximidades.
A partir de dezembro do ano passado, a fundação, que era mantida pelo vereador Marinho Melo, fechou suas portas. Depois de cinco mandatos consecutivos, Marinho não conseguiu emplacar o sexto. Sem recursos para pagar os salários de médicos e funcionários, a saída foi colocar cadeados nos portões, deixando muita gente sem receber uma assistência médica de qualidade.
Além da reforma da policlínica Hamilton Gondim, a Comissão promete fazer uma varredura nos contratos referentes às obras das ruas Benedito Inocêncio da Silva e Vieira Caúla. Há informações de que as empresas vencedoras do certame teriam abandonado os trabalhos, deixando a prefeitura chupando o dedo e o contribuinte municipal, mais uma vez, com o nariz de palhaço.
As reformas dos prédios do Mercado Central (que o prefeito prometeu entregar em meados do ano passado) e a do Ipam também serão vistoriadas pela Comissão. No Mercado Central, os prejuízos não atingem apenas os comerciantes que trabalhavam no local, mas também os lojistas, com a queda nas vendas, conseqüência do fechamento de parte da rua Henrique Dias.
No caso do Ipam, a situação é desoladora. A obra ainda não foi entregue, mas já apresenta sinais de infiltração em diferentes pontos. Uma funcionária do instituto garante que a empresa abandonou o serviço.
Já que a Comissão está mesmo disposta a mergulhar fundo no labirinto sombrio das obras inacabadas da prefeitura, nada a impede de fazer uma assepsia no contrato da reforma do Ipam. E aproveitar para investigar os contratos celebrados com os demais prestadores de serviços, começando pelo da limpeza. Segundo informou um servidor do instituto, há um odor desagradável de laranja podre no ar.
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