Rondônia volta a defender gasoduto Urucu-Porto Velho com visita de Lula

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Foto: Divulgação

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Aproveitando-se da visita que o presidente Lula fará a Porto Velho nesta quinta-feira, a Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero) voltou a defender a construção de um gasoduto ligando a Província Petrolífera de Urucu (AM) a Porto Velho.

De acordo com a Fiero, o empreendimento poderá permitir o escoamento inicial de aproximadamente 5 milhões de metros cúbicos diários de gás natural, para as cidades de Manaus (AM) e Porto Velho.

O gasoduto de 550 quilômetros se destinaria ao aproveitamento do gás natural no abastecimento de energia elétrica da região.  Estão previstos investimentos de R$ 1 bilhão na adaptação das usinas termelétricas existentes e em novas instalações.

Segundo o superintendente da Fiero, Gilberto Batista, a Termonorte, empresa concessionária de energia elétrica de Rondônia, consome aproximadamente 1,5 milhão de litros de óleo diesel por dia.

A viabilidade econômica da construção do gasoduto tem gerado polêmica. A Petrobras alega que o tempo de durabilidade do gás é insuficiente para cobrir os custos do investimento, que demoraria 20 anos para ser pagos, enquanto as reservas de gás estariam estimadas em pouco mais de 20 anos.

- Temos informações da existência de estudos na própria Bacia de Urucu afirmando que estas reservas ultrapassariam os cem anos. Desta forma, o investimento se pagaria tranqüilamente. Este é o momento propício para resgatar a bandeira do desenvolvimento sustentável, pois não podemos ter gás em Urucu e queimar diesel em Porto Velho
- argumenta Batista.

O presidente da Fiero disse que o gasoduto será um atrativo para que outras empresas se estabeleçam na região amenizando a queda abrupta dos postos de trabalho ao término das obras das usinas hidrelétricas Jirau e Santo Antonio.

As obras do gasoduto Urucu-Coari-Manaus estão em andamento, com previsão de que comece a transportar gás em operação comercial em setembro.  O investimento da Petrobras nas obras é de R$ 3,5 bilhões.

Risco

Há sete anos, o gasoduto Urucu-Porto Velho chegou a ser avaliado pelo Amazon Financial Information Service (AFIS), um serviço norte-americano de informações financeiras, com sede em Washington, como um dos sete investimentos em infra-estrutura, na América Latina, que apresentam maior risco sócio-político-ambiental para potenciais investidores.

O gasoduto foi classificado no relatório do AFIS como altamente impactante para o meio ambiente da Amazônia e para os habitantes das áreas por onde passará. Afirmava ainda que ele poderá comprometer “a reputação das empresas e/ou organizações envolvidas com o projeto junto às instituições financeiras públicas e privadas internacionais”.

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