A informação de que contratos assinados entre a empresa Camargo Correia, responsável pela construção das usinas do Madeira, e empresas de Rondônia foram suspensos nesta segunda
A informação de que contratos assinados entre a empresa Camargo Correia, responsável pela construção das usinas do Madeira, e empresas de Rondônia foram suspensos nesta segunda 26.01, levanta suspeitas de que esteja havendo uma manobra para beneficiar um pool de empresas do estado do Acre que deve atender exclusivamente os serviços de engenharia e alimentação à Camargo Correia, deixando de fora as empresas de Rondônia.
Há seis meses, instituições representativas das indústrias e comércio de Rondônia, como Fecomércio e outras, se reuniram em discussão sobre as exigências para que as empresas rondonienses pudessem concorrer a prestações de sérvios à Odebrecht. Na ocasião a preocupação era com a adequação dessas empresas quanto ao ISO 9.000, 9.001 e 18.000 entre outras visto que, as que não tivessem os devidos certificados não poderiam participar de licitações. Ainda não se sabe a verdadeira causa da quebra dos contratos, ocorrida nesta segunda.
O presidente da Federação Interestadual dos Trabalhadores nas Indústrias nos estados de Rondônia e Acre (FITRAC) Acácio do Amaral lamenta a possibilidade da desvalorização do estado de Rondônia quanto a prestação de serviços no complexo das usinas, por meio de uma possível articulação política porém, o sindicalista alerta para a grande demanda por fornecedores nos setores de engenharia e alimentação. Segundo ele, as usinas terão, no pico da Obra, mais de 34 mil trabalhadores.
Amaral explica que, o caso é uma questão de valorização do poder local, destacando a Fiero, através de seu novo presidente Denis Baú e Francisco Linhares, presidente da Fecomercio que, segundo ele, não tem medido esforços nesta “valorização”. O dirigente declara não ter nada contra os empresários do Acre. “Para entrar na casa dos outros normalmente é preciso pedir licença”. Exemplificou.
Serviços
As usinas de Santo Antonio e Jirau terão cozinhas próprias, daí a necessidade de fornecedores de arroz, feijão, carnes, verduras e etc... Para a preparação das refeições para mais de 34 mil trabalhadores em cada complexo hidrelétrico.
Para o setor de engenharia, a demanda é enorme e é possível que não haja empresas suficientes para prestar o serviço, ensejando assim, a vinda de empresas do Acre.