Política em Três Tempos - Por Paulo Queiroz

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Foto: Divulgação

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1 – EXPANSÃO NA UNIR Visto que os prazos são exíguos e a tarefa que se tem pela frente de bom tamanho, acerca do seu Programa de Reestruturação e Expansão – que deverá ser encaminhado ao Ministério da Educação (MEC) até o dia 15 de outubro - os dirigentes da Universidade Federal de Rondônia (Unir) esperam bater o prego e virar a ponta até o dia 12 próximo, quando o Conselho Universitário (Consun) estará reunido desde o dia 10 para examinar as propostas enviadas pelas diversas unidades e daí extrair uma síntese capaz de atender, na amplitude possível, aos interesses da comunidade. Após uma análise preliminar do material recebido, porém, o reitor José Januário de Oliveira Amaral, da Unir, já adiantou às lideranças da universidade que andaram se interessando pelo assunto que a ênfase do programa deverá incidir sobre a expansão. Como a imprensa local andou adiantando – com destaque para a reportagem da jornalista Luíza Arcanjo, publicada sob o título “Unir Quer Dobrar Ofertas de Vagas até 2012” na edição do dia 20 do “Diário da Amazônia” -, o esforço atual dos dirigentes da Unir tem como propósito tentar tirar o máximo de proveito do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), uma iniciativa do Governo Federal que “demanda políticas específicas com o objetivo de estimular modelos acadêmicos inovadores e expandir com qualidade a educação superior pública”, deixando a critério da cada universidade a elaboração de projetos compatíveis com cada realidade. Para a consecução dos objetivos acordados, o MEC promete destinar a cada universidade federal os recursos destinados a suportar as despesas decorrentes das iniciativas propostas, “especialmente no que respeita à construção e adequações de infra-estrutura e equipamentos, compras de bens e serviços necessários ao funcionamento dos novos regimes acadêmicos, despesas de custeio e pessoal associadas à expansão das atividades decorrentes do plano de reestruturação acadêmica e expansão.” 2 – POLÍTICOS À MESA Pois bem. Calejados de saber que o que depende da boa vontade dos órgãos da administração federal, notadamente no que diz respeito à destinação e transferência de recursos financeiros, é processado com tanto mais presteza quanto maiores e mais intensas forem a cobrança e o acompanhamento dos interessados, considerando-se essencial o prestígio e a influência de quem intercede por pleitos dessa natureza, os dirigentes da Unir trataram de por a par do assunto aqueles cujas incumbências constitucionais incluem apoiar, fomentar e defender iniciativas como essa de que se fala. Assim é que, como quem parte cedo tem mais probabilidade de chegar primeiro, a direção da Unir apressou-se em realizar um encontro para o qual convidou toda representação federal de Rondônia – três senadores e oito deputados. No dia agendado (20.08), compareceram o senador Valdir Raupp (PMDB) e os deputados Anselmo de Jesus (PT), Mauro Nazif (PSB), Marinha Raupp (PMDB) e Eduardo Valverde (PT) - a senadora Fátima Cleide (PT) mandou o assessor José Ronald Pinto como representante -, tendo Valverde, na condição de coordenador da bancada, se apresentando como interlocutor dos ausentes. Considerando que o senador Expedito Júnior (PR) havia se antecipado, comparecendo ao gabinete do reitor Januário Amaral e assumido este e outros compromissos em defesa da instituição, além de que, em encontros anteriores não programados para este fim, o próprio dirigente maior da Unir já havia adiantado o assunto com os deputados Ernandes Amorim (PTB), Natan Donadon (PMDB) e Moreira Mendes (PPS), ficou faltando se inteirar sobre a questão apenas Lindomar Garçom (PV) – mas já mandou avisar que visitará a Reitoria para se atualizar. Os que vieram, tiveram a oportunidade de ouvir pessoalmente dos dirigentes da Unir – além do reitor Januário Amaral e da vice-reitora Maria Ivonete Tamboril, os titulares das cinco Pró-Reitorias da instituição – o que se tinha a dizer do Reuni e o que a comunidade acadêmica espera deles. 3 – PÉS NO CHÃO Foi-lhes dito que, a depender da vontade da atual direção da Unir, o conteúdo do seu programa de reestruturação e expansão poderá até ir além das orientações contidas no Reuni. Em grandes linhas, dentre os principais objetivos estão fortalecer a união da universidade e levá-la às transformações conciliáveis com a realidade local, renovando e robustecendo os vínculos que a ligam à sociedade, além de ampliar e consolidar - assegurada a qualificação ascendente -, as atividades de ensino de graduação e de pós-graduação, de pesquisa e de extensão, permitindo a produção de uma cultura científica, técnica, humanista e crítica. Não obstante toda essa mobilização [o reitor, a vice-reitora e os pró-reitores participaram de encontro regional em Macapá, já foi realizado um seminário sobre o assunto reunindo todas as unidades, a Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) mantém um Grupo de Trabalho em atividade permanente], a atual direção da Unir não arreda os pés do chão, ciente, por exemplo, de que entre o que a instituição quer e o que lhe será permitido ser existe uma distância considerável. De acordo com o decreto que instituiu o programa, os recursos destinados ao Reuni são R$ 2 bilhões, com aplicação prevista entre 2008 e 2011, divididos entre as instituições federais de ensino superior que a ele aderirem. Levando em conta que, segundo estimativas, no período especificado, o governo federal estará investindo nas universidades privadas, por intermédio do Prouni e do FIES, cerca de R$ 2,5 bilhões por ano, os R$ 2 bi do Reuni em três anos chegam a ser mixaria. Por essas e por outras é que a direção da Unir, além da mobilização interna, está fazendo das tripas coração em busca de todo apoio externo que puder cooptar. Sabe-se que não será fácil disputar essa merreca do Reuni com instituições de regiões mais poderosas e influentes. De qualquer modo, caso algumas das propostas que possam ser acatadas pelo Consun até o dia 12 resultem em logro, não terá sido por imprevidência.
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