Projeto das usinas não tem preocupação ambiental e social por toda a extensão necessária do rio Madeira, afimam ambientalistas

Projeto das usinas não tem preocupação ambiental e social por toda a extensão necessária do rio Madeira, afimam ambientalistas

Projeto das usinas não tem preocupação ambiental e social por toda a extensão necessária do rio Madeira, afimam ambientalistas

Foto: Divulgação

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Em matéria veiculada domingo passado, ao meio-dia, pela programação regional da Redetv, o programa Universitando entrevistou representantes das Organizações Não-Governamentais Rio Terra, Instituto Madeira Vivo e o Grupo de Trabalho na Amazônia (GTA), este último, representa desde 1992, um total de 610 Ong’s e Movimentos Sociais em atuação por toda a região Amazônica. De acordo com os ambientalistas, o projeto das usinas de Jirau e Santo Antônio não estão dando a devida importância para os moradores ribeirinhos e nem para as espécies nativas que serão atingidas diretamente pelo barramento do rio. Aléxis Bastos, da Rio Terra, falou sobre o descaso dos empreendedores, que segundo ele, só fizeram estudos de impacto ambiental da barragem sentido rio acima, desconsiderando os impactos que os moradores sofrerão da barragem no sentido rio abaixo. “A região do Cuniã, por exemplo, é uma região importantíssima para a reprodução dos peixes. Com o barramento do rio, os sedimentos que fazem o processo de fertilização da área de várzea, não ocorrerão, e isso pode agravar além de um grande impacto ambiental, também um problema social, pois muitas famílias que ali residem há décadas, poderão sofrer uma estiagem na produção de seus alimentos, dentre outros fatores”, explica Aléxis. Silvânio Antônio, Coordenador executivo do GTA, explica que os moradores ribeirinhos necessitam do rio para poder sobreviver, seja escoando seus produtos, seja da própria pescar para a sobrevivência, e isso está sendo ameaçado exatamente por essa falta de responsabilidade social e ambiental que se ausenta no projeto. ”Temos que prestar mais atenção em tudo isso, pois estamos falando e decidindo o futuro dessas famílias, que muito em breve poderão estar inchando a periferia de Porto Velho sem perspectiva alguma para sua alimentação diária”, explicou Silvânio ao programa Universitando, ressaltando que a alimentação desses povos depende diretamente do que o Rio Madeira oferece. “Além disso, existe uma série de lacunas nos estudos, com uma sequência de problemas que os empreendedores não esclareceram. Nós não somos contra a construção, mas antes de se ter um posicionamento pé-no-chão, precisa ser averiguado tudo isso para poder decidir se deve ou não ser construída as usinas. Somos a favor de um empreendimento transparente, com responsabilidade econômica, social e ambiental”, completa Bastos.
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