Os servidores do Judiciário decidiram, em Assembléia hoje (12) pela manhã, suspender o movimento grevista por 15 dias até que os pontos acordados com o presidente do Tribunal de Justiça, Péricles Moreira sejam encaminhados e aprovados. Caso o acordo não se concretize, a categoria volta a paralisar.
A suspensão da greve, segundo o presidente do Sinjur (sindicato que representa a categoria), Israel Borges, foi discutida com os servidores de todas as comarcas, tendo a maioria decidido por dar um prazo. “ Mesmo assim, teve uma boa parte que preferia continuar a greve e estão dispostos a paralisar se as reivindicações não forem atendidas”, frisou.
No acordo, o presidente se comprometeu, por escrito, a discutir o índice de reajuste com o governador Ivo Cassol, com o Ministério Público, Assembléia e Tribunal de Contas ainda esta semana. Mas, caso não se chegue a uma definição em conjunto, ele (Moreira) enviará projeto de lei à Assembléia com pedido de reajuste reivindicado pela categoria.
Ele garantiu ainda que esta semana levará a questão (projeto de reajuste)para à análise do Pleno do TJ para, em seguida, enviar à Casa de Leis. Em relação a reestruturação do Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), Moreira Chagas informou que a Comissão já está formada, faltando apenas indicar o presidente, o que deve ocorrer a qualquer momento.A reestruturação corrigirá distorções nos salários, segundo afirmou a diretora de Comunicação, Marilete Nascimento.
No que tange a diferença salarial, cuja dívida vem se arrastando há anos, o presidente a afirmou que a partir do momento que à Assembléia Legislativa aprovar a suplementação orçamentária no valor de R$ 26 milhões, sentará com a direção do SINJUR para definirem em quantas parcelas será pago a dívida e a data para início do pagamento.
O pedido de suplementação foi enviado à Assembléia semana passada. Serão R$ 20 milhões para serem aplicados nos servidores ativos, incluindo o reajuste salarial de 10% e o restante em benefício dos inativos. Os diretores do Sinjur, junto com comissão de servidores, estiveram ontem a tarde (12) na Assembléia para pedir apoio dos parlamentares na aprovação do projeto. O presidente da OAB/RO, Hélio Vieira vem apoiando o movimento dos servidores desde o início da paralisação, dia 4 deste. Ele disse ser solidário ao movimento, destacando as dificuldades com que os funcionários trabalham e os baixos salários da categoria.