*Nesta quinta-feira, 15 de março, é comemorado o Dia do Consumidor. Por isso a professora Elysângela Oliveira, do Curso de Farmácia das Faculdades Integradas Aparício Carvalho – FIMCA e coordenadora do Núcleo de Atenção Farmacêutica da Instituição, recomenda que o consumidor fique de olhos bem abertos na hora de comprar medicamentos.
*Segundo a professora Elysângela, “muitos estudos têm sido realizados com fim de descrever os problemas relacionados com o mau uso dos medicamentos,mas os números encontrados nos levam, no mínimo a uma reflexão, já que aproximadamente 50% da população que toma medicamentos, o faz de maneira incorreta e que 5% das internações hospitalares são devido ao não cumprimento da terapêutica prescrita”.
*Elysângela afirma ainda que “além do não cumprimento, existem outros problemas relacionados com os medicamentos, como indicações não tratadas, seleção inadequado do medicamento, doses sub-terapêuticas, superdosagem, reações adversas e interações farmacológicas” .
*É fato que no Brasil, os medicamentos de venda livre se anunciam diretamente ao público, e é o próprio comprador quem toma a decisão de adquiri-los. A inadequada valorização dos riscos, os custos e a eficácia dos medicamentos, assim como a falta de controle de informação que chegam até esse consumidor, e principalmente a falta de qualificação da maioria dos profissionais que atuam formal ou clandestinamente no seguimento farmacêutico , demonstram que se nada for feito, as projeções para as próximas décadas são preocupantes.
*Diante desse cenário desanimador, o Farmacêutico tem papel fundamental na busca por mudanças e na prestação de esclarecimentos à população que além de enfrentar barreiras financeiras e sociais para ter acesso aos medicamentos, quando consegue adquiri-los, fica a mercê de pessoas leigas e por que não dizer “inescrupulosas” que fazem da possibilidade de cura, simples moeda de troca, privando o consumidor do Direito Legítimo à Informação.
*Professora Elysângela frisa ainda que “o medicamento pode ser apresentado de diversas formas e seja qual for à forma de apresentação, a embalagem não pode estar violada, estragada ou em desacordo com as normas de fabricação, distribuição e apresentação. Denuncie”.
*Entre os procedimentos indicados pela professora Elysângela Oliveira para o consumidor estão, verificar o prazo de validade, a data de fabricação, o número do lote e as advertências sobre o produto. Pedir ao Farmacêutico responsável pelo estabelecimento orientação sobre o uso correto do medicamento, pois ele é obrigado a garantir a procedência e a qualidade do produto; e também não confundir o balconista com o Farmacêutico,que é um profissional de Nível Superior e é o único legalmente habilitado para orientar a população e não esquecer de exigir sempre a nota fiscal “ela é a única prova da aquisição do produto”.