Crítica e Reflexão - Por Paulo Ayres

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Foto: Divulgação

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RONDÔNIA UM ESTADO DE “OBA-OBA” E DE FAZ DE CONTA! Rondônia pode ser efetivamente considerado um Estado sem projeto de desenvolvimento econômico. E antes que algum assessor puxa-saco ou um “intelectual fajuto” venham a contestar, não estamos nos referindo a simples programas ou ações de governo. O Estado vem sendo “tocado” no máximo como uma grande fazenda, falta na prática se detectar políticas públicas comprometidas em proporcionar o desenvolvimento de Rondônia. Não se pode imputar ao aumento de bares, igrejas, farmácias e “comerciozinhos”, como amostra incontestável de crescimento. Também não é porque o reduzidíssimo grupo dos poderosos está acumulando cada vez mais fortunas que isto é garantia de desenvolvimento Infelizmente esta é a grande verdade e até mesmo em infra-estrutura de governo, o que resta ainda é obra do Governo Jorge Teixeira. Mas enquanto faltam planejamento e programas efetivos de desenvolvimento sócio-econômico, Rondônia tem sido mesmo um paraíso do “oba-oba”, do faz de conta, de projetos mirabolantes, da sacanagem política. Falta a parte técnica e sobra fantasia. Se não vejamos. Com a transformação do Território Federal no Estado de Rondônia, e em seguida o fim da ditadura militar, qual o programa fantástico voltado para o desenvolvimento foi colocado em prática? Na realidade o Estado vem sendo saqueado ao longo dos tempos. A destituição de um coronel do cargo de governador foi defendida como um divisor de águas, e que a partir daí a construção de um novo ciclo de desenvolvimento. Veio então como salvador da pátria ancorado pela falácia do plano econômico de José Sarney a eleição do “homem da bengala”, que na prática além de fumar seus charutos e trair ideais políticos, nada se observa de concreto. Tudo ainda era muito novo para todos. Afinal, foram várias décadas de território e àqueles que ficaram nas beiradas do poder, com o advento do Estado, afiaram suas garras rumo aos cofres públicos. Sai Jerônimo Santana e entra o médico Oswaldo Piana, que pode entrar efetivamente para a história como um administrador que estrategicamente “plantou” sustentáculos em todos os poderes constituídos do Estado, com maior ênfase o famigerado Tribunal de Contas. Foi um Governo voltado rigorosamente para as “entranhas” daqueles que se encontravam encastelados no poder e verifica-se aí a primeira greve de fato na Polícia Militar. Saindo pelas portas do fundo, ganhou a aposentadoria de ex-governador, deu “thauzinho” ou uma “banana” para o povo e ficou por isso mesmo. Ressurge então das cinzas o ex-vereador, ex-prefeito e comerciante falido Valdir Raupp de Matos. Em meio à “festança” e a “lambança” com os recursos públicos, com seguidos escândalos e a decretação da falência do Beron, se projetou muito, mas para coisas subalternas. Além da farra de cargos e criação de organismos, o Estado ficou praticamente a mercê do enredo de uma escola de samba do Rio de Janeiro e na fantástica aventura das embriagadas autoridades ao festival de Parintins onde foram ver o boi bumba e “bumbou”. Em seguida veio o governo de José de Abreu Bianco. Como afirmara anteriormente, falta projeto técnico sério e sobra fantasia. Estrategistas e cientistas políticos fajutos convenceram que tinham uma estratégia inédita do novo governador superar o êxito de Fernando Collor que ficou famoso pelo combate aos marajás. A idéia era projetar o “homem” nacionalmente, e talvez até mesmo disputar a presidência da república. De porre, foi editado um desastrado decreto, demitindo quase onze mil pais e mães de família. Ao invés de desenvolvimento, veio a fome, o desespero, a miséria e o descrédito. O carnaval passou, o boto atacou no boi-bumbá, servidores foram penalizados, e chega a era Cassol. Além de forçar o chapéu até em solenidades oficiais, ter trabalhado muito no caso da recuperação da malha viária (a verdade tem que ser dita), novamente não se verifica de forma efetiva um programa de desenvolvimento. A coisa ficou tão graciosa que como suporte político foi utilizado até mesmo a gravação da mini-série da Rede Globo sobre a Estrada de Ferro Madeira Mamoré. Essa é a Rondônia do faz de conta. Quem se recorda, por exemplo, do programa algodoeiro, hoje abandonado. Do programa anunciado com banda de música e tudo para o cultivo de lavouras, que acabou levando a falência vários pequenos produtores. Da decantada Área de Livre Comércio de Guajará-Mirim transformada num autêntico “cemitério”. O que restou do tal pólo-industrial de Porto Velho? E agora estão usando a construção das usinas do rio Madeira como a salvação econômica do Estado. Ignorando o caos social, muitos se encontram ainda iludidos. É o tal do “oba-oba” mesmo. Rondônia conta com um Curso de Mestrado em Desenvolvimento Regional ministrado pela Fundação Universidade Federal de Rondônia. Qual a contribuição científica das pesquisas realizadas para o desenvolvimento do Estado? O curso serviu apenas para atender interesses dos amigos da cúpula da Unir? Além de garantir título para alguns, para que tem servido na prática o tal curso de mestrado? Alguém ainda duvida que Rondônia ainda é um Estado do faz de conta? LEGISLAÇÕES ABSURDAS O presidente da república editou um decreto proibindo a comercialização de bebidas alcoólica ao longo das rodovias. Mais uma idéia idiota que virou lei. Então neste caso, também a pretexto de conter a violência no trânsito deve ser proibida a comercialização de bebidas ao longo de todas as ruas e avenidas. O Brasil é mesmo um país de legislações agonizantes e mirabolantes. Pensa sempre resolver problemas com leis. E a pretexto disso ou daquilo editam-se normas até mesmo que ferem direitos individuais. Na legislação de trânsito temos bons exemplos de normas inconstitucionais, como o caso da obrigatoriedade do uso de capacete para motociclistas e o uso de cinto de segurança para motoristas. Em nenhum dos casos, o coletivo é colocado em risco. Admitir estes absurdos seria o mesmo que apoiar, por exemplo, uma lei obrigando e até instituindo multas quanto ao uso de preservativos nas relações sexuais. Enquanto não usar o capacete e o cinto de segurança em alguns casos ainda existem salvação, no caso de não usar preservativo o risco de morte é eminente além de colocar em risco o coletivo. No caso da lei relativa à proibição de bebidas alcoólicas vai penalizar drasticamente todos os pequenos comércios localizados ao longo da ex-avenida Jorge Teixeira e ex-avenida Costa Silva, que agora foram incorporadas como rodovias federais. VACINA A população continua esperando por maior eficácia da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Velho no que diz respeito a estoque da vacinação contra a febre amarela. LULA PIROU Apesar de existir mesmo político que quando chega ao poder, se transforma e pensa que é Deus, mas o presidente Luis Inácio Lula da Silva está falando demais. Esta dele comparar a reunião ministerial como a “Santa Ceia”, é na verdade uma blasfêmia. Teria ele se comparado a Jesus Cristo e os ministros seriam apóstolos. Cala a boca Lula. A moda pega mesmo. Lá na Câmara Municipal de Pelotas foi feito um despacho de macumba para os membros da mesa diretora e aí um vereador resolveu se apresentar em plenário travestido de Jesus Cristo e resolveu promover uma sessão de descarrego. “Arre égua”; COISAS DE RONDÔNIA Tem Muita gente pensando que pelo fato do Estado de Rondônia ser novo, se travesti de “doutor sabe tudo”, de pioneiro, de renomado conhecedor da história rondoniense. Acontece que Rondônia não se resume a fase de Estado, tem sua história da época de Território Federal de Rondônia e Território Federal do Guaporé. Além disso, existem ainda rondonienses vivos, da época que esta imensa região pertencia aos estados de Mato Grosso e Amazonas. Pois bem, no meio destas coisas, os absurdos acontecem. Ano passado, por exemplo, o deputado Wilber Coimbra disse durante pronunciamento na Assembléia Legislativa que a Polícia Militar não tinha identidade. Na ânsia de criticar o modelo de escolha dos oficiais daquela corporação, falou asneira. Além disso, ignorou a gloriosa história da corporação militar e a honra de muitos daqueles que contribuíram para hoje a existência da PM. Refiro-me a Guarda Territorial que antecedeu a atual Polícia Militar. A Guarda Territorial prestou relevantes serviços e foi a base para os novatos de hoje. O Hino Céus de Rondônia transformado em hino oficial do Estado, também é mais uma vítima. Gente que aqui chegou recentemente se arvorando de “sabe tudo”, fez um novo arranjo, que “estuprou” esta obra musical. Além disso, não foi observado que em obras intelectuais não se altera, sem permissão do autor, caso contrário, a polêmica frase do Hino Nacional Brasileiro – “Deitado eternamente em berço esplêndido”, que alguns tentam mudar, já teria acontecido. No caso do hino rondoniense introduziram uma porcaria na introdução de laralá-laralá-laraná. Depois um bizarro –uuuuuuu. Apesar de Rondônia contar com entidade dos tais intelectuais de plantão, não houve qualquer manifestação para se preservar a originalidade da obra musical. Terra de muro baixo, onde muitos espertalhões fazem a festa, enganam, usam e abusam. Ano passado o governador Ivo Cassol apareceu em público exibindo uma faixa. Pela primeira vez tal coisa aconteceu. Só que as coisas não acontecem assim: eu quero e pronto. Existem normas a serem seguidas. Os símbolos do Estado são definidos em lei. Para se instituir uma faixa governamental, deve seguir uma norma oficial, inclusive concurso público, pois se trata de um símbolo e não de uma brincadeira. Em meio a esta balbúrdia, onde uma faixa clandestina é introduzida, o hino “estuprado”, o brasão também é a mais recente vítima, conforme pode ser constatado na propaganda oficial da Assembléia Legislativa de Rondônia, onde alguém graciosamente resolveu instituir três folhinhas, sabe lá do que, para chancelar a propaganda oficial.
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