O biomédico Weber Cheli Batista, chefe do departamento de virologia do Ipepatro (
Instituto de Pesquisa em Patologias Tropicais em Rondônia) disse à reportagem do
rondoniaovivo.com que o vírus silvestre existe na região, mas a população do Estado de Rondônia não corre risco de proliferação, pois a vacina de prevenção no combate contra a febre amarela começa aos nove meses de idade e não há registro oficial de contaminação na região, apesar de ser uma área de risco.
O Centro de Pesquisa de Medicina Tropicais (CEPEM), que é vinculado ao Ipepatro, é uma ramificação da Secretaria de Saúde do Estado (SESAU) e tem condições laboratoriais de isolar e identificar molecularmente o vírus da febre amarela, além de outras doenças tropicais em todos os 52 Municípios em caso de pacientes suspeitos.
O biomédico reiterou que não existe um remédio para o vírus da febre amarela e sim um tratamento de suporte clínico. Com tratamento sintomático nos casos graves da doença o suporte é feito com cuidadosa assistência ao doente, que deve permanecer preferencialmente em ambiente hospitalar. As perdas sangüíneas são compensadas com transfusões em volumes adequados, bem como correção dos distúrbios hidro-eletrofílico, ácido-base, e da insuficiência renal.
Weber lembrou que segundo o doutor Ricardo Galler, da Fio Cruz, especialista em vacina da febre amarela, o antídoto não é 100% seguro, mas, isso é comum em todas as vacinas de vírus atenuado não é só a de febre amarela.
De acordo com e Weber Cheli, o diagnóstico do laboratório de virologia tem o seu resultado final no prazo de uma ou duas semanas, sendo muito mais rápido que o laudo do Instituto Evandro Chagas, de Belém (PA). Atualmente o LACEN - Laboratório Central de Saúde Pública do Estado de Rondônia – depende do parecer final das amostras colhidas em doentes suspeitos de febre amarela que são enviadas ao instituto paraense.
“Apesar de que o paciente não só depende do resultado do exame, é só um dado epidemiológico, mas o diagnostico rapidamente detectado pode ajudar a fortalecer a organização de ações primarias de combate ao vírus”, ressaltou Weber
DIVULGAÇÃO
O Cepem possui um vasto leque em pesquisas de doenças endêmicas que são realizadas na região, como malária, dengue e febre amarela, os resultados dessas pesquisas são divulgados no seu anuário, que é entregue às autoridades do Estado de Rondônia, ao Ministério da Ciência e Tecnologia e ao CNPq, sem contar que e ainda divulga o seu trabalho em revistas nacionais científicas, como “Memórias do Instituto Osvaldo Cruz” e em outras publicações estrangeiras.
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