Manhã quente de sexta-feira em frente ao Palácio Tancredo Neves, a sede da prefeitura municipal de Porto Velho, quando cerca de 40 manifestantes, carregando faixas e cartazes, junto com um carro de som, deram voz aos protestos contra o aumento abusivo da passagem de ônibus de linha, que está atualmente em R$ 1, 80 e poderá ir a R$ 2,15.
*Um contingente de PMs já aguardava os manifestantes nas portas da Prefeitura, que ficou guarnecida durante todo o tempo da manifestação.
*Durante o ato um grupo de estudantes fazia circular um abaixo assinado entre as pessoas que ali transitavam.
*No carro de som, sindicalistas, estudantes e trabalhadores tiveram o direito de expressar sua indignação com o ato de cerrar as portas da Prefeitura para que um grupo de manifestantes não pudesse ter acesso ao gabinete do prefeito, Roberto Sobrinho.
*Em um discurso duro, o professor Adilson Siqueira, disse que a Câmara de Vereadores é fraca e que os vereadores são omissos, mas deixou a “cipoada” no lombo do prefeito, ao lembrar que o discurso de campanha de Roberto Sobrinho antes de ser prefeito era ficar sempre ao lado da população, lutando por seus interesses. “(...) O que se vê agora é que o prefeito anda lado-lado com os empresários que comandam o transporte público na capital.”
*De acordo com um folheto, que estava sendo distribuído durante a manifestação, o prefeito comunga junto com o empresariado o aumento das passagens:
*Diz o trecho do folheto:
“(...) Pois é exatamente isso que a prefeitura e os empresários querem! O próprio Prefeito disse achar justo o aumento. E você, o que acha? Será que é justo o aumento da tarifa, levando-se em consideração que Porto Velho não possui um Terminal de Integração e os ônibus estão em péssimas condições? (...)”
*Estudantes e sindicalistas dizeram que pretendem estender os protestos até serem recebidos pelo prefeito Roberto Sobrinho.
*Uma senhora da comunidade, ao falar no microfone do carro de som, disse se sentir traída pelo prefeito, pois acreditou que sua luta seria de ajudar a população. Ela se manifestou também contra o fato dos policiais militares cercarem a entrada da sede da Prefeitura e impedirem a entrada de uma comissão dos manifestantes. “O povo não é bandido não, seu prefeito!”, proferiu a senhora.
*Ainda em novembro, em ocasião de uma coletiva com a imprensa na posse do novo presidente da Câmara de Vereadores, Hermínio Coelho, o prefeito Roberto Sobrinho disse que a assessoria técnica da Prefeitura estava estudando as planilhas de aumento das tarifas dos coletivos urbanos, que foram elaborados pela Empresas de Transportes da capital. Na ocasião o aumento seria de 17%, ou seja, de R$ 1,80 subiria para R$ 2,10.
*
VEJA TAMBÉM:
*
Fiscalização das empresas de ônibus não tem cunho político, diz coordenador da Sefin
*
MPT investiga irregularidades em alteração de estatuto do SINDEPROF
*
Manifestação pública contra aumento da passagem de ônibus acontece nesta sexta-feira
*
Proprietário de carro terá de pagar 11% a mais de seguro obrigatório em 2007