Racha: até quando? - por Dalila Nogueira

Racha: até quando? - por Dalila Nogueira

Racha: até quando? - por Dalila Nogueira

Foto: Divulgação

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.​

Antônia Maria Vasconcelos, vítima fatal de um acidente provocado por um “racha”. O fato ocorreu nesta segunda-feira, 08, em Brasília, na Ponte JK. Além de Antônia Maria, mais outras duas mulheres também morreram na hora. Segundo a polícia, um dos veículos que estavam no “racha” bateu na traseira do carro em que estava Antônia, sua irmã e uma amiga. As três foram jogas para fora do carro. Luiz Cláudio de Vasconselos, marido de uma das vítimas, estava conduzindo o veículo e sobreviveu ao acidente. Os motoristas que faziam o “racha” fugiram, sem prestar socorro. Um deles foi identificado como Paulo César Timponi, de 49 anos. Segundo o Detran, ele tem 11 multas, a maioria por excesso de velocidade. Mais três vítimas da imprudência, da irresponsabilidade. Mais três para somarem à estatística de vítimas no trânsito. Mais três sonhos interrompidos, mais famílias enlutadas, mais impunidade neste país. Sim, o país que libera maníacos para saírem no final de semana, o país que absolve políticos corruptos, o país que prende inocente, é também, o país da impunidade no trânsito. Porque na maioria dos julgamentos deste tipo de crime, o réu pode converter a prisão em pena alternativa, como distribuir cestas básicas ou prestar serviços à comunidade. As penas são baseadas no Código de Trânsito Brasileiro. Mas, o Código de Trânsito não prevê o crime de homicídio doloso, ou seja, quando não há intenção de matar. Um motorista que dirige embriagado, em alta velocidade e tira a vida de alguém não é dolo? Pelo Código de Trânsito, excesso de velocidade e embriaguez não são crimes e sim agravantes, que aumentam um pouco a pena. O trânsito brasileiro está em transformação. Sua organização não é mais a mesma. O sinal vermelho não é mais o limite. O carro deixou de ser um meio de transporte para se tornar uma arma. O motorista passou a ser um assassino. As pistas se tornaram estradas da morte. As pessoas passaram a ser vítimas fatais. E a vida, bem, a vida não tem mais sentido, não tem valor algum. E eu lhe pergunto: até quando? Quantos mais terão de morrer para virarmos a página do Código de trânsito? Quando irão lavar as pistas sujas de sangue? Eu continuo ouvindo a voz do cantor Gabriel O Pensador: “Até quando...” ***A autora é Acadêmica do 4°período de jornalismo da Uniron
Direito ao esquecimento

A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.

Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Na sua opinião, qual companhia aérea que atende Rondônia presta o pior serviço?
Você ainda lê jornal impresso?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

Por Editoria

PRIMEIRA PÁGINA

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS