Teve início nesta sexta-feira (24), no Aquarius Selva Hotel, um debate sobre a construção das duas usinas no rio Madeira e contou com a participação do prefeito Roberto Sobrinho, representantes do Ministério de Minas e Energia, do Ibama, de técnicos de Furnas, vereadores e todos secretários municipais.
*O prefeito falou da importância do debate, indispensável para melhor compreensão do mega empreendimento, que envolve todas as áreas da administração municipal. “Hoje existem muitas informações desencontradas sobre o assunto. Por isso mesmo, convidamos representantes de Furnas para que apresentem os projetos e suas conseqüências no plano ecológico, ora sob análise do Ibama, para que assim possamos traçar plano de enfrentamento de impactos nos campos trabalhista (empregos), saúde, educação, transportes, iluminação, meio-ambiente e outros, bem como acompanharmos todas as fases do projeto. Queremos, enfim, estar preparados para a chegada das usinas que, certamente, vão dar outra dinâmica ao nosso Município”, enfatizou.
*A secretária executiva da área ambiental do Ministério de Minas e Energia, Márcia Camargo, esclareceu que o Processo de Planejamento Energético, visão estratégica do Governo Federal, classifica como estudos de longo prazo projetos para instalação em 30 anos, médio prazo projetos para 15 anos e curto prazo projetos para 10 anos, onde estão inseridas as usinas de Santo Antonio e Jirau. “A natureza foi pródiga para o Brasil, especialmente na região amazônica, carro chefe do potencial hidroelétrico do país. Portanto, não nos falta água, fonte de energia renovável, para tocarmos nossos projetos. Porém, o Ministério de Minas e Energia estabelece regras para a elaboração de projetos, sendo a principal delas no plano ecológico. Nenhum empreendimento poderá ser instalado sem que ocorra o levantamento prévio do impacto ambiental”, diz Márcia Camargo, que chamou a atenção também para a demanda e a oferta de energia do presente e do futuro, destacando que entre 2005 e 2010 a população brasileira crescerá 10 milhões e 500 mil habitantes, o equivalente a mais um Estado do Paraná. Por sua vez, a geração de energia em 2005 era de 93.628 MW e necessitaremos 134.664 em 2015.