Unir e Kanidé promovem 'Mostra Adrian Cowell de Cinema Socioambiental'

A participação é gratuita; as inscrições estão abertas

Unir e Kanidé promovem 'Mostra Adrian Cowell de Cinema Socioambiental'

Foto: Divulgação

A Mostra Adrian Cowell de Cinema Socioambiental: memória e resistência na reversão de décadas de destruição da Amazônia e de seus povos acontece de 10 a 14 de julho, no auditório do Ministério Público do Trabalho (MPT), em Porto Velho,RO. A programação inclui sessões diárias, em que serão exibidos filmes emblemáticos de Adrian Cowell e produções fílmicas contemporâneas, com destaque para aquelas produzidas em conjunto por movimentos sociais, povos tradicionais e, organizações sociais e ambientais.

 

Junto com a exibição do material, haverá uma mesa de debate sobre os nexos entre os filmes exibidos que convergem para o tema de cada sessão. Após falas de contextualização das obras, os filmes serão exibidos em sequência e ao final abre-se o debate coletivo.

 

 

A atividade é promovida pelo Programa de Pós-Graduação em História da Amazônia (PPGHAm), em parceria com o Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal de Rondônia (UNir) e a Kanindé (Associação de Defesa Etnoambiental).

 

O evento procura ampliar o alcance ao legado do cineasta Adrian Cowell, compartilhando seu olhar indagador que busca revelar os caminhos, os cenários e os sujeitos da devastação da Amazônia entre 1980 e 1990. Imersos na gênese desse processo de desfiguração em larga escala, podemos perceber os sequenciamentos e seus catalizadores, a partir da combinação de políticas migratórias e geopolíticas de infraestrutura e de incorporação territorial, particularmente nos Estados de Rondônia e Acre.

 

"Em um contexto de limiar da Amazônia, em termos da sociobiodiversidade que a define, se torna crucial detalhar e decompor visões e universos cognitivos que sustentaram esses processos expropriatórios", afirmam os promotores da ação.

 

 

Segundo eles, fica evidente que a devastação da Amazônia e de seus usos e imaginários sociais (genocídios e ecocídios) vincula-se à devastação da capacidade de percepção e inteligibilidade (epistemicídios) do território esvaziado e recriado. " Ao expormos os nexos entre a saga destrutiva registrada por Cowell com as sagas subsequentes, com o avanço brutal da fronteira agrícola, hidrelétrica e mineral, intensificado nos últimos anos, é posta em questão a legitimidade deste modelo socioeconômico neoextrativista e segregador".

 

Os idealizadores da atividade destacam ainda que "Desta forma, prepara-se o terreno político e simbólico para reparações, reversões e transições, tendo como protagonistas os povos tradicionais e as forças populares no campo e na cidade em defesa do direito ao reconhecimento, do direito à terra, à cidade e ao território".

 

Quem foi Adrian Cowell

 

O cineasta inglês Adrian Cowell (1934-2011) em sua obra dedicada à Amazônia e seus povos, colocou em xeque o próprio significado do desenvolvimento ao reter provas da barbárie, da violência extrema, física e simbólica, praticadas sob sua justificativa. Em um momento de reconstrução da chamada reconstrução da governança socioambiental da Amazônia, particularmente de sua porção sudoeste sob ataque intensivo, se torna fundamental fazer um balanço dessas décadas e projetar além das telas como devem ser as décadas que virão.

 

Serviço

 

Local: Auditório do Ministério Público do Trabalho

Data: 10 a 14 de julho de 2023, das 18h:30 às 22h

Local para inscrição: https://www.even3.com.br/mostra-adrian-cowell-rondonia

Organizadores: DACS, PPGHAm, Kanindé

Fonte: Comissão organizadora do evento

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