CINE RONDÔNIA: Documentário 'Nazaré Encantada' no Rondoniaovivo TV deste final de semana

Filme, da jornalista Simone Norberto, é uma homenagem à cultura ribeirinha e identidade amazônica

CINE RONDÔNIA: Documentário 'Nazaré Encantada' no Rondoniaovivo TV deste final de semana

Foto: Divulgação

O Documentário “Nazaré Encantada”, sobre a comunidade de Nazaré, na região do Baixo Madeira, em Porto Velho, está na programação do Cine Rondônia deste sábado,20, e domingo,21, do Rondoniaovivo TV, no canal 10.1, às 15 horas. O filme está sendo exibido no Cine Rondônia pela segunda vez devido a boa aceitação por parte do público.

 

Nazaré Encantada, produzido e dirigido pela jornalista Simone Norberto, é uma homenagem à cultura ribeirinha e identidade amazônica. Por meio de relatos sobre os mitos como boto, cobra-grande, curupira, matinta pereira, é possível se aprofundar nas relações sociais, vivências, impressões, bagagens, tradições, práticas e costumes de um grupo, que conscientemente ou não, vem revertendo a condição de subjugada e recalcada para uma atitude empoderada e descolonizadora.

 

 

"A  trilha sonora também sobre os mitos e tradições da comunidade, complementa o encantamento dentro do universo ribeirinho. Histórias pessoais e coletivas imprimem na obra “Nazaré Encantada” um legado de respeito e reconhecimento ao povo beiradeiro", pontua a jornalista.

 

A fotografia é de Laelho Loyola

 

Este é o primeiro longa metragem da diretora de Simone Norberto. A fotografia é de Laelho Loyola, montagem de Michele Saraiva e trilha sonora do Minhas Raízes, grupo musical originário da própria comunidade. 

 

Dissertação

 

O trabalho é resultante da dissertação de mestrado de Simone Norberto, “Mitos e Identidade em Nazaré/RO, Uma leitura pós-colonial das manifestações culturais de uma comunidade ribeirinha”, defendida na Universidade Federal de Rondônia- Unir, sob a orientação de Miguel Nenevé. A banca deu nota dez ao trabalho realizado.

 

Prêmio

 

Em 2019, Simone Norberto, recebeu o prêmio de dez mil reais do Edital de Literatura da Sejucel para editar a obra, que foi transformada em livro e distribuída para população. “Para mim é muito importante difundir essa rica e importante cultura ribeirinha, o que não seria possível sem a instituição de uma política pública justa de apoio às produções culturais”, disse a jornalista.


Outro aspecto essencial defendido pela autora é a chance de mostrar o trabalho em formato audiovisual, muito mais acessível, sobretudo para comunidade de Nazaré, que ficou emocionada ao ser ver na tela. “Para nós foi uma grande satisfação em ver os nossos depoimentos. É um trabalho digno para a comunidade, você usou a sua teoria e o seu respeito para com o nosso povo para levar a nossa voz para o mundo”, agradeceu seu Venâncio, um dos narradores retratados no documentário.


Trajetória de Simone


Simone nasceu em São Paulo, mas chegou a Rondônia aos três anos de idade, por isso identifica-se como uma rondoniense, já que toda a sua trajetória foi forjada no estado.


Morou em Vilhena, Espigão do Oeste, Pimenta Bueno e Cacoal, onde concluiu o ensino médio. Aos 17 anos voltou para São Paulo para fazer faculdade. Cursou simultaneamente, jornalismo na Faculdade Cásper Líbero e letras na USP. Formada, veio para Porto Velho, onde construiu sua carreira na comunicação e no audiovisual.

 

Jornalista Simone Norberto na época da gravação do filme


Trabalhou no Jornal Alto Madeira. Por 14 anos foi repórter, editora e apresentadora na Rede Amazônica de Televisão, quando passou em um concurso público e saiu para assumir o cargo de jornalista do Tribunal de Justiça de Rondônia.

 

Fez especialização em jornalismo e mídia, na Uniron, instituição onde também lecionou para turmas de jornalismo e publicidade, assim como na Faculdade Faro. Especializou-se ainda em literatura brasileira, na Unir e ingressou no mestrado de letras da mesma Universidade, no qual defendeu a dissertação que deu origem ao documentário Nazaré Encantada.
Com esse trabalho, já fez apresentações em congressos na Pensilvânia, Estados Unidos, Macau, China, Cracóvia, na Polônia e em cidades brasileiras Rio de Janeiro, Cachoeira (BA), Rio Branco (AC).


Ao longo dos anos, produziu vários documentários históricos, multiculturais e turísticos de aventura, alguns premiados em festivais e mostras. Dirige uma instituição, o CineOca, que se dedica a difusão e produção de audiovisuais. Entre as obras se destacam os curtas Repositório, Curso e Malmequer e os médias-metragens Forte Príncipe da Beira, Missão Rondon, Trans-Jeri e Bizarrus.
 

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