"A atual gestão do grupo Teatral Êxodo tem agido com violência contra o Terra Cura".
Foto: Divulgação
Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.
A encenação da Paixão de Cristo, realizada há mais de 30 anos na Jerusalém da Amazônia, em Porto Velho (RO), pode perder algumas de suas melhores cabeças, entre elas as principais lideranças. Pior: a questão envolve uso de recursos e terras da União, abuso de prerrogativas privadas na gestão de patrimônio público e graves danos ao desenvolvimento regional sustentável.
Os mais de 7.000 m2 da área da União, dos quais 4.000 sediam o espetáculo, foram cedidos à Associação Cultural do Clube Teatral Êxodo há três décadas, em caráter de comodato. Mas a cessão não é exclusiva. Desde 16.04.2016, data da última alteração no estatuto da entidade, nada impede que atividades “de caráter educacional e cultural” sejam acolhidas nas terras da União – e aqui entra o Terra Cura.
O coletivo trabalha há mais de cinco anos na Jerusalém da Amazônia. Reúne biólogos, botânicos, professores universitários e cientistas sociais dedicados a duas tarefas: disseminar e aprimorar conhecimento aplicado nas áreas de paisagismo, jardinagem, formação de viveiros para árvores frutíferas, espécies medicinais ou em extinção e um laboratório de técnicas de bioconstrução – tudo com vistas ao reflorestamento, via recuperação de áreas degradadas e sistemas agroflorestais autossustentáveis, e à restauração do patrimônio de fauna e flora no entorno da Amazônia subequatorial.
Resultado: o Terra Cura deu origem a cinco instituições similares: AgroTropical, Sítio Florescer, Sítio Casinha Feliz, Sítio Pés Descalços e até o Espaço Harmonia, em Humaitá (AM).
Nesse meio tempo, o portfolio do Terra Cura inclui, a partir de pesquisa conduzida pela Embrapa RO, o replantio de mais de 1.000 mudas de espécies de mata ciliar no rio das Garças, que corta a Jerusalém da Amazônia, a decoração e o paisagismo dos cenários da Paixão de Cristo nos últimos cinco anos, bem como o próprio portal de entrada às margens da BR-364. A relevância do trabalho do Terra Cura já foi reconhecida por entidades e instituições de renome em Porto Velho - IFRO, Agrotropical, Sítio Pés Descalços, Sítio Casinha Feliz, entre outras.
Como a atual gestão do grupo Teatral Êxodo tem agido com violência contra o Terra Cura, como registra recente ata da diretoria e confirmam mensagens via WhatsApp, com ameaças de imediata interdição, expulsão e até demolição de bens e obras, o coletivo Terra Cura acredita que estas divergências virem a público, ouvidas todas as partes, é de interesse de toda a sociedade rondoniense.
Autor: jornalista Carlos Pedro Macena
A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.
Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!