O estudo aponta que a escalada desses crimes está ligada à combinação de vulnerabilidade social, ausência de políticas públicas e avanço das facções criminosas
Foto: Freepik
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A 4ª edição do Cartografias da Violência na Amazônia revela um dado que acende um alerta urgente: 586 mulheres foram assassinadas na Amazônia Legal, colocando a região entre as mais perigosas do país para a população feminina. A taxa de 4,1 homicídios por 100 mil mulheresé 21,8% maior que a média nacional, mostrando um crescimento consistente da violência de gênero. O levantamento traz dados de 2024.
O estudo aponta que a escalada desses crimes está ligada à combinação de vulnerabilidade social, ausência de políticas públicas e avanço das facções criminosas sobre áreas urbanas, rurais e de fronteira. Em muitos municípios isolados, faltam delegacias especializadas, mecanismos de proteção e serviços básicos para mulheres em situação de risco.
Além disso, o relatório destaca que a expansão do crime organizado agrava o cenário: disputas territoriais, tráfico e atividades ilegais se sobrepõem a outras formas de violência, criando ambientes onde as mulheres ficam ainda mais expostas.
Os pesquisadores afirmam que o aumento dos homicídios femininos exige respostas mais eficazes e permanentes do Estado, com ações integradas de segurança, proteção e assistência.
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