O Brasil contabiliza 209 casos em investigação de intoxicação por metanol após o consumo de bebidas alcoólicas de origem duvidosa. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde neste domingo (5) e refletem a crescente preocupação das autoridades com a circulação de produtos adulterados no país.
De acordo com o levantamento, 16 casos já foram confirmados sendo 14 em São Paulo e 2 no Paraná. As informações são enviadas pelos estados e consolidadas pelo Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde Nacional (CIEVS).
No estado de Rondônia, uma suspeita foi oficialmente descartada. O caso, registrado em Candeias do Jamari, envolveu um paciente atendido no Hospital João Paulo II, em Porto Velho. Após análise do Instituto Laboratorial Criminal da Superintendência de Polícia Técnico-Científica (Politec), foi constatada ausência de metanol e etanol nas amostras de sangue e soro, afastando a possibilidade de intoxicação por substâncias tóxicas.
Veja o que fazer em caso de suspeita de contaminação
A intoxicação por metanol é uma emergência médica grave e pode ser fatal. Quando ingerido, o metanol é metabolizado no organismo em compostos tóxicos, como o formaldeído e o ácido fórmico, que podem causar danos irreversíveis à saúde e levar à morte.
Os principais sintomas incluem:
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Visão turva ou perda total da visão (podendo evoluir para cegueira);
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Náuseas e vômitos;
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Dores abdominais;
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Mal-estar generalizado;
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Sudorese intensa.
Diante de qualquer um desses sinais, é essencial buscar atendimento médico imediatamente e acionar um dos canais de orientação toxicológica:
Disque-Intoxicação da Anvisa: 0800 722 6001
CIATox da sua cidade
Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI-SP): (11) 5012-5311 ou 0800 771 3733 (ligação gratuita de qualquer estado)
Além disso, é importante identificar e orientar outras pessoas que tenham consumido a mesma bebida, para que procurem atendimento médico mesmo que ainda não apresentem sintomas. A agilidade no diagnóstico e no tratamento é essencial para salvar vidas. A demora pode aumentar significativamente o risco de sequelas graves ou óbito.