MUDANÇAS: Lula sanciona nova lei das emendas parlamentares sem vetos; entenda

Legislação altera regras para o uso de emendas e visa desbloquear pagamentos bloqueados pelo STF

MUDANÇAS: Lula sanciona nova lei das emendas parlamentares sem vetos; entenda

Foto: Reprodução

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.​

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta terça-feira (26) a lei que estabelece novas regras para o uso das emendas parlamentares . A sanção foi feita sem nenhum veto , e a lei foi publicada no Diário Oficial da União de hoje.
 
Com isso, entra em vigor um novo conjunto de normas que altera a forma como deputados e senadores podem destinar recursos para obras e projetos em suas bases eleitorais, visando fortalecer o apoio político entre os parlamentares e suas regiões.
 
O que são?
 
As emendas parlamentares são uma das principais ferramentas usadas por deputados e senadores para direcionar recursos do orçamento federal a seus redutos eleitorais. Isso lhes permite ampliar seu capital político ao garantir benefícios diretos para suas regiões, o que frequentemente coloca os interesses locais à frente de outras áreas que possam ter maior demanda no país.
 
No entanto, essa prática tem gerado críticas, principalmente em relação à falta de transparência e à maneira como os recursos são distribuídos sem critérios claros.
 
STF x Congresso
 
A sanção da nova lei ocorre em meio a um impasse que envolvia o bloqueio dos pagamentos das emendas parlamentares, determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto de 2024. A Corte havia apontado problemas como a falta de transparência na aplicação dos recursos e a necessidade de um controle mais rigoroso sobre o destino dos valores. Desde então, os pagamentos estavam suspensos, aguardando a regulamentação das novas regras, que agora foram definidas com a sanção da lei.
 
A expectativa é de que a nova legislação contribua para desbloquear os pagamentos das emendas, embora não haja um prazo definido para que o STF tome uma nova decisão sobre o assunto. O ministro Flávio Dino, relator do caso no STF, será responsável por determinar quando a liberação dos valores ocorrerá, uma vez que a nova lei tenha sido implementada.
 
O que muda
 
O projeto de lei que agora foi sancionado havia sido aprovado inicialmente na Câmara dos Deputados, mas passou por alterações durante a votação no Senado. Entre as mudanças feitas pelos senadores, a mais polêmica foi a retirada de uma obrigatoriedade importante: a destinação de ao menos metade do valor das emendas de comissão para a área da saúde. Esse ponto foi considerado essencial pelos parlamentares governistas, pois garantirá que o governo de Lula possa cumprir a meta constitucional de investimentos em saúde sem a necessidade de fazer cortes em outras áreas do Orçamento.
 
Ao manter a obrigação de destinar recursos para a saúde, o governo Lula ganha um fôlego financeiro importante, pois poderá usar as emendas parlamentares para atingir os percentuais exigidos pela legislação, sem afetar outros setores.
 
A nova lei mantém o poder do Congresso sobre uma parte significativa do Orçamento federal. Em 2025, serão destinados R$ 39 bilhões para as emendas impositivas, que são aquelas cujos pagamentos são obrigatórios. Esse valor será corrigido anualmente, com base na inflação e na expansão do limite do arcabouço fiscal, que pode variar entre 0,6% e 2,5% por ano a partir de 2026.
 
Além disso, o projeto prevê uma alocação de R$ 11,5 bilhões para as emendas não impositivas em 2025, ou seja, aquelas cujos pagamentos não são obrigatórios. Esse valor também será corrigido pela inflação a partir de 2026. A nova legislação ainda estabelece que, no caso de frustração de receitas, o governo poderá contingenciar (reduzir) os valores das emendas, mas não poderá bloquear completamente os pagamentos.
 
O governo federal havia solicitado a possibilidade de bloquear as emendas de forma proporcional, caso as despesas obrigatórias crescessem mais do que o planejado, mas essa proposta não foi atendida na versão final do projeto. A decisão final dos parlamentares foi de permitir apenas o contingenciamento das emendas, o que significa que, se a arrecadação for abaixo do esperado, o governo poderá reduzir os pagamentos, mas não terá autonomia para bloquear totalmente os repasses.
 
A nova lei das emendas parlamentares visa, assim, regular a distribuição de recursos e dar maior transparência aos processos, ao mesmo tempo em que tenta resolver os impasses que surgiram devido aos bloqueios impostos pelo STF. 
Direito ao esquecimento

A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.

Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Você é a favor do fim da escala 6x1?
Como você avalia o atendimento da Azul Linhas Aéreas em Rondônia?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

Por Editoria

PRIMEIRA PÁGINA

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS