Ministra pede urgência em ação que pode tornar Russomanno inelegível

Pré-candidato, Russomanno lidera com 26%, segundo Ibope da semana passada.

Ministra pede urgência em ação que pode tornar Russomanno inelegível

Foto: Divulgação

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.​

A ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Cármen Lúcia pediu à Procuradoria-Geral da República, nesta segunda (27), que se manifeste em um processo contra o deputado Celso Russomanno (PRB-SP) e que, em seguida, os autos retornem a ela "com urgência" para conclusão.

O processo, em que o apresentador de TV responde por peculato (desvio de dinheiro público), pode inviabilizar sua candidatura à Prefeitura de São Paulo se ele for condenado no STF até o dia em que a Justiça Eleitoral analisar seu pedido de registro.

Pelo calendário do Tribunal Superior Eleitoral, o prazo máximo para que um candidato requeira seu registro é 15 de agosto e a data-limite para que o juiz eleitoral analise o pedido é 12 de setembro.

O STF não deu prazo para que a ação contra Russomanno entre na pauta, mas informou que o pedido de urgência da ministra "é indicativo de que a ação penal está tendo seu devido andamento".

VEJA TAMBÉM: Bolsonaro pode ser cassado por apologia ao crime de tortura

Depois que Cármen Lúcia concluir o relatório, os autos passarão pelo revisor, o ministro Teori Zavascki. Caberá a ele liberar o processo para julgamento pela 2ª Turma do STF –composta ainda pelos ministros Dias Toffoli, Celso de Mello e Gilmar Mendes.

Pré-candidato, Russomanno lidera com 26%, segundo Ibope da semana passada.

O deputado foi acusado de ter usado uma funcionária de seu gabinete, paga pela Câmara, para trabalhar em sua produtora de vídeo em São Paulo, entre 1997 e 2001.

Ele só foi julgado e condenado em fevereiro de 2014. Como à época ele estava sem mandato, a sentença –de dois anos de prisão, convertidos em trabalho comunitário e cestas básicas– foi proferida pela primeira instância da Justiça Federal.

O político recorreu. Quando Russomanno assumiu o atual mandato na Câmara, em 2015, o recurso foi para o STF, devido ao foro privilegiado.

Segundo Márlon Reis, um dos criadores da Lei da Ficha Limpa, políticos condenados em primeira instância não se tornam inelegíveis. Para tanto, é preciso que sejam condenados por um colegiado –como é, no caso, o STF.

É preciso ainda que o crime esteja previsto na Lei da Ficha Limpa –o peculato está.

Já se o Supremo inocentar Russomanno ou deixar de julgá-lo até a análise de seu registro de candidatura (em tese, até 12 de setembro), ele estará livre para a disputa.

O pré-candidato não quis comentar. Ao STF sua defesa negou que ele tenha cometido o crime.

Direito ao esquecimento

A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.

Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Na sua opinião, qual companhia aérea que atende Rondônia presta o pior serviço?
Você ainda lê jornal impresso?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

Por Editoria

PRIMEIRA PÁGINA

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS