Aos delegados, o suspeito teria chegado a dizer que matava para "se livrar de uma angústia e por sentir prazer". Hoje, o superintendente declarou que o vigilante matava “por raiva de tudo”.
Foto: Divulgação
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Foi preso na noite desta terça-feira (14) o vigilante Thiago Henrique Gomes da Rocha, apontado como assassino de 24 pessoas.
O homem, contudo, afirma ter matado 39. Segundo a Polícia Civil, além de mulheres, Thiago matou moradores em situação de rua e homossexuais.
Desde o dia 18 de janeiro deste ano, casos de assassinatos de mulheres em Goiânia tomaram os noticiários. Thiago confessou parte deles e, agora, a Polícia Civil continua investigando os demais.
Após ser detido, o rapaz tentou cometer suicídio na cela da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos de Goiânia, onde está detido. Segundo o Corpo de Bombeiros, Thiago tentou cortar os pulsos com o vidro de lâmpada.
Apesar de ter perdido bastante sangue, o rapaz foi socorrido a tempo e não corre risco de morte.
No momento em que o suspeito foi apresentado, parentes das vítimas, que tiveram acesso ao local e que acompanhavam a coletiva, passaram a gritar exigindo justiça e xingando o suspeito, que foi rapidamente retirado do local. a Polícia Civil diz só ter indícios para suspeitar da participação do vigilante em 24 mortes, das quais de 16 mulheres e oito moradores de rua.
Em entrevista coletiva concedida na manhã desta quinta-feira (16), o superintendente da Polícia Civil, Deusny Aparecido Filho, disse: “Quem vai dizer se trata ou não de um serial killer são os psiquiatras [forenses], mas vale lembrar que ele também matava homens, moradores de rua”, disse Filho, destacando que, em alguns casos, o vigilante também levava dinheiro e pertences pessoais das vítimas. Há a hipótese, sob investigação, de que o rapaz tenha matado também homossexuais e travestis".
Aos delegados, o suspeito teria chegado a dizer que matava para "se livrar de uma angústia e por sentir prazer". Hoje, o superintendente declarou que o vigilante matava “por raiva de tudo”.
Assassinatos em Goiânia
No dia 18 de janeiro, Bárbara Luiza Ribeiro Costa, de 14 anos, foi assassinada com um tiro no peito, no Setor Lorena Park. A partir daí, uma série mortes suspeitas foram registradas, tendo como vítimas mulheres de várias idades e biotipos. A princípio, a Polícia Civil descartou a hipótese de que um serial killer estivesse agindo na capital de Goiás. Contudo, durante as investigações, voltou a trás.
Segundo a Polícia Civil, há cerca de um mês as evidências já apontavam Thiago como suspeito de algumas dessas mortes. Juntamente com ele, foi apreendidos recortes de jornais com notícias sobre os assassinatos de moradores de rua, uma motocicleta e um revólver calibre 38. Exames de balística apontaram que a arma apreendida é a mesma que foi utilizada em pelo menos seis assassinatos investigados. A corporação, porém, não confirmou se o veículo era o mesmo registrado pelas imagens de câmera de segurança que gravaram os assassinatos.
Thiago já havia sido denunciado, em 2013, por furto de uma placa de motocicleta em um supermercado em Goiânia. No mesmo ano ele foi preso, mas acabou sendo libertado. O caso está registrado no 5º Distrito Policial.
Informações da corporação à imprensa estão sendo fornecidas com cautela para não atrapalhar as investigações. Segundo a Polícia Civil, Thiago teria sido identificado em imagens registradas por câmeras de segurança de um imóvel próximo a uma lanchonete, onde um motociclista de capacete vermelho agrediu uma mulher com um chute na boca. Testemunhas afirmam que o rapaz tentou atirar na jovem, mas a arma falhou.
Suspeitos
Durante as investigações, a Polícia Civil prendeu dois homens suspeitos de participação no assassinato. Um deles foi preso em flagrante em São Luís de Montes Belos. A corporação não revelou a identidade do homem.
Na casa de parentes do suspeito foi encontrada uma motocicleta desmontada, semelhante à utilizada nos crimes. O rapaz foi condenado por receptação e cumpre pena de dois anos e seis meses. Contudo, ainda não foi comprovada sua participação na morte das mulheres.
O entregador Leandro Cardoso Oliveira foi o segundo homem detido. O suspeito estava em regime semiaberto e usava tornozeleira eletrônica. Sua prisão foi decretada em agosto, mas ele acabou sendo liberado por falta de provas.
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