Polícia investiga mutilação e morte na cadeia de estuprador de criança
Foto: Divulgação
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A Polícia Civil investiga os responsáveis pela morte de Marcos de Souza Silva, de 21 anos, que foi encontrado na quarta-feira (31) com múltiplas perfurações pelo corpo e mutilações no presídio Carlos Tinoco da Fonseca, em Campos dos Goytacazes, no norte do Estado.
O assassinato foi cometido um dia após um exame de DNA comprovar que havia resquícios de sêmen de Marcos no corpo da menina Gabriely Batista da Silva, de dois anos, que morreu após ser estuprada em Rio das Ostras, na região dos Lagos.
De acordo com o delegado Carlos Augusto da Silva, titular da Delegacia de Guarus (134ª DP), um aparelho de televisão foi encontrado em uma das celas do presídio Tinoco da Fonseca. A suspeita é de que detentos tenham resolvido “fazer justiça” após assistirem a uma reportagem do caso Gabriely.
O corpo de Marcos foi achado com a região genital mutilada e com uma orelha arrancada. Havia também sinais de abusos sexuais, além de perfurações no tronco e no crânio.
Oito detentos foram levados para realizar exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal da região. Na delegacia, eles se recusaram a prestar esclarecimentos, conforme contou o delegado Carlos Augusto ao R7.
—Eles não estão colaborando. Alguns são traficantes e existe uma lei de silêncio entre eles. Ao que tudo indica, houve uma falha dos agentes penitenciários ao colocá-lo [Marcos] junto com os outros presos. Os detentos aproveitaram a trocas de turno dos agentes para matar o rapaz.
Marcos de Souza, que, segundo as investigações, era usuário de crack, foi preso por furto em 6 de julho, poucos dias após a morte de Gabriely. O envolvimento dele no assassinato foi descoberto pela polícia no dia 12, quando o jovem foi transferido de uma casa de custódia para o presídio Carlos Tinoco da Fonseca.
O delegado Carlos Augusto quer entender o motivo de o rapaz não ter sido separado dos outros detentos, como é de praxe para suspeitos de estupros e crimes hediondos.
— A informação que a gente tem é de que a delegada Carla Tavaes [da 128º DP] solicitou um seguro pelo crime que ele praticou. Pedi os registros de entrada no presídio para apurar qual foi o caminho que ele percorreu. Não há câmeras viradas para o corredor onde o crime ocorreu. Vamos investigar se houve omissão dos agentes penitenciários.
A Secretaria Estadual de Administração Penitenciária informou que abriu sindicância para apurar as circunstâncias da morte.
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