INTERNACIONAL – Cônsul explica em Extrema de Rondônia projeto de assentamento de extrativistas que vivem em fronteira com a Bolívia

INTERNACIONAL – Cônsul explica em Extrema de Rondônia projeto de assentamento de extrativistas que vivem em fronteira com a Bolívia

INTERNACIONAL – Cônsul explica em Extrema de Rondônia projeto de assentamento de extrativistas que vivem em fronteira com a Bolívia

Foto: Divulgação

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Kaiser Araújo, Cônsul da Embaixada do Brasil na Bolívia, participou da audiência pública com extrativistas brasileiros em Extrema e Rondônia na manhã da última terça-feira (06), na Escola 13 de Maio e explicou aos demais presentes na reunião que diante dos recentes conflitos envolvendo brasileiros e bolivianos, ficou decidido assentar as famílias brasileiras extrativistas da faixa de fronteira com a Bolívia, no Estado do Acre, precisamente nos municípios de Brasiléia e Capixaba em período emergencial.
Ressaltou também que a assentamentos em terras bolivianas disponíveis para os extrativistas, porém, quem decide se vai ficar ou não nas terras é o próprio camponês brasileiro, pois o INCRA ou ITAMARATY não irá obrigar os produtores brasileiros de castanha em suas escolhas. Segundo o Cônsul Kaiser Araújo, o projeto proposto pelo Governo Brasileiro, tem como objetivo ofertar as terras no Brasil com a demarcação permitida pela legislação do MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário).
De acordo com Kaiser Araújo, se o Governo Brasileiro oferece 10 hectares de terra para a produção agrícola e o Governo Boliviano oferta 50 hectares, fica a critério a decisão dos extrativistas com relação a sua nova terra, pois as autoridades de ambos os países querem solucionar o impasse, porém, quem deve decidir e colaborar no momento são os extrativistas brasileiros que vivem em território boliviano.
O líder dos extrativistas do rio Mamu,localizado na faixa de fronteira com a Bolívia, Aldair Ozório, explicou na audiência pública à indignação dos camponeses brasileiros, produtores de castanha em terras bolivianas, pois todo o conflito está relacionado com o comportamento dos bolivianos com os brasileiros, ou seja, bolivianos estão tomando áreas com mais de 20 ou 30 anos de existência, onde muitos brasileiros oriundos do Nordeste do Brasil conquistaram com muito suor e trabalho, vivendo em áreas inóspitas em plena natureza selvagem e em um piscar de olhos a história de vida dessa sociedade irá desaparecer.
Aldair Ozório chegou a perguntar de um funcionário do INCRA, se ele não ficaria louco ao saber que seus pertences hereditários iriam sumir para sempre. O servidor federal ficou sem palavras. Emocionado, o líder dos extrativistas brasileiros que vivem e trabalham na faixa de fronteira boliviana ressaltou a importância desse novo projeto implantado pelo INCRA, ou seja, o instituto deve acompanhar passo a passo o programa de assentamento, pois todos são extrativistas e divergências irão aparecer no decorrer do projeto, isto é, mudar de atividade requer atenção máxima do Governo Federal em planejar o desenvolvimento sustentável desses extrativistas nesta nova empreitada. Conforme ele, muitos extrativistas não estão interessados em serem assentados na Bolívia
A OIM (Organização Internacional de Migração), através de seu representante, Wilmar Dubián, disse na audiência pública que a instituição internacional está disponível para trabalhar com as possibilidades necessárias e oferecidas pela organização, ou seja, todo o processo de migração de produtores brasileiros de castanha em terras bolivianas será elaborado e executado pela OIM e ainda informou a todos que existem assentamentos na Bolívia, porém, estes extrativistas brasileiros que não querem perder seus hectares de terra devem se cadastrar na Organização Internacional de Migração para que esta direcione a família brasileira para o lugar proposto pelo governo boliviano. O Líder Comunitário de Extrema, Damião Gomes, informou aos funcionários da Divisão do INCRA/AC, responsável pelo assentamento das famílias extrativistas do rio Mamu, que a Fazenda Boi Vermelho, localizada no Estado de Rondônia está sendo desapropriada pelo Governo Federal. Sua demarcação territorial corresponde com os anseios da comunidade extrativista que vive na faixa de fronteira com a Bolívia. 
A divisão do INCRA/AC responsável pelo assentamento, disse aos demais que iria fazer contato com a Superintendência do INCRA/RO ainda na tarde de ontem (06) para analisar
as possibilidades e critérios que deverão ser tomados caso a sugestão seja aceita pelo governo brasileiro. O INCRA/AC ainda ressaltou aos extrativistas na audiência pública que o governo federal, através do MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário) irá oferecer um crédito aos camponeses, com o intuito de ajudar no primeiro ano os extrativistas nas suas novas e respectivas atividades.
O Diretor do Núcleo de Ensino de Ponta do Abunã, Professor Marquelino Santana, a presença do Cônsul Kaiser Araújo da embaixada brasileira na Bolívia e ressaltou a importância do trabalho desenvolvido pelo Cônsul, pois vem mostrando competência em uma crise envolvendo Brasil e Bolívia. Professor Marquelino Santana, finalizou a audiência pública falando um pouco da história dos homens e mulheres que se aventuraram em meio à selva amazônica em busca da tão sonhada borracha e em colaborar com a Pátria Amada Brasil na sua produção.
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