O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou na manhã desta quinta-feira (30) que o governo vai mandar ao Congresso um projeto pedindo mais verba para o programa Bolsa Família. O motivo da suplementação orçamentária foi a autorização, no início do ano, do aumento do valor máximo da renda. Desta maneira, houve um acréscimo no número de beneficiários.
Amanhã (31), o presidente Lula deve anunciar o aumento do Bolsa Família. Na terça-feira (28), secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, deixou escapar que o percentual seria de 10%. Ao falar com jornalistas na saída do prédio da Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), onde participou do programa Bom Dia Ministro, Bernardo não quis confirmar o valor. "Como o presidente vai fazer esse anúncio, não seria adequado antecipar o reajuste, porque eu seria mais um linguarudo no governo, que nas vésperas dos anúncio revela o valor", disse aos jornalistas.
De acordo com a Agência Brasil, o ministro do Planejamento afirmou também que o aumento no número de beneficiados pode causar impacto no Orçamento da União. Segundo ele, o reajuste não estoura o Orçamento. "Estamos fazendo revisão de todas as contas. É possível que se precise colocar mais dinheiro no orçamento por conta disso", explicou. "Esse assunto já está praticamente decidido. O aumento do Bolsa-Família cabe no orçamento. Se você contar o tamanho das contas federais, o Bolsa-Família tem um valor até relativamente pequeno no Orçamento." O novo reajuste começará a ser pago em setembro.