Parabéns Humaitá: 154 anos de História - por Lourismar Barroso

Parabéns Humaitá: 154 anos de História - por Lourismar Barroso

Foto: Lourismar Barroso

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PARABÉNS HUMAITÁ 154 ANOS DE HISTÓRIA
Por Lourismar Barroso

Igreja Matriz – Nossa Senhora da Conceição Foto: Lourismar Barroso

 

Banhada pelo magnífico e caudaloso rio Madeira, que com suas águas turva e agitada em suas cachoeiras, já registrou a presença de expedições das mais variadas intenções. O mesmo rio que conquistou a fama de ser inexplorável, agora como recompensa, oferece ao caboclo o alimento do dia a dia. A beleza exuberante da alvorada, quando sua maior estrela vem se descortinando entre as copas das árvores, seus raios imitam a pintura que somente o criador é capaz de oferecer aos moradores desse rincão Amazônico.
 
Hoje 15 de maio, a cidade de Humaitá está em festa. Comemorando seus 154 anos de muitas histórias, memórias e recordações. Humaitá está localizado no interior do Estado do Amazonas, sendo a única cidade à margem esquerda do rio Madeira, que segundo dados do IBGE (2022) sua população é de 56.144 habitantes.
 
Os primeiros não indígenas a chegarem na região do baixo Madeira, foram os padres jesuítas da legião de São Francisco, pois a catequese estava amparada na Carta Régis de 19 de março de 1693. Mas, foi em uma ocasião inusitada, fugindo dos ataques dos índios Parintintim, que o comerciante português José Francisco Monteiro, consegue no finalzinho da noite, atracar sua canoa em um galho de cuieira na parte alta do barranco.
 
O dia seguinte era 15 de maio de 1869, quando resolveu fixar na região e fundar a nova cidade que tinha uma visão privilegiada, pois ficava no entre posto entre Vila Bela da Santíssima Trindade-MT e Belém-PA.
 
Através da Lei nº 686 de 2 de junho de 1885, Humaitá se torna freguesia e no ano de 1888 com a Lei nº 790 de 13 de novembro, foi firmado a transferência da sede da freguesia para o local denominado Humaitá.
 
A freguesia então passou a chamar “Nossa Senhora do Bem de Humaitá”. José Monteiro, ou simplesmente Comendador, como era conhecido em meios aos seus pares, procurou dar início a instalação do município através do Decreto nº 31 de 4 de fevereiro de 1890. Tão logo foi criado o município, a comarca foi instalada no ano seguinte pelo governador do Amazonas, o engenheiro Eduardo Gonçalves Ribeiro, através do Decreto nº 95-A de 10 de abril de 1891. Sendo desmembrado do município de Manicoré.
 
No ano de 1891, a vila de Humaitá foi levada a categoria de cidade em virtude da Lei nº 90 de 4 de outubro do mesmo ano, que na divisão administrativa de 1911, o município de Humaitá estava composto por cinco distritos, sendo eles: Humaitá – Lago Cunitiá – Três Casas – Cavalcante e Santo Antônio do Rio Madeira. Em 1920 Humaitá contava com novos distritos, sendo eles: Humaitá – Mirary – Três Casas – Missão de São Francisco e Foz do Rio Javari. Em 1913, através do Decreto Lei nº 74 de 30 de outubro, Humaitá passa a ficar totalmente desmembrado da comarca de Porto Velho.
 
A CIDADE INSPIRADORA DOS POETAS
 
Assim como Álvaro Maia, Almino Afonso, Raimundo Neves e tantos outros poetas e escritores, deixaram registrados na história a beleza com que a Princesinha do Madeira lhe cativou. Uma cidade que desperta sentimentos positivos nas pessoas que a visitam, moram ou nela trabalham. É uma cidade que consegue transmitir sua história, cultura, valores e identidade através de suas características físicas, sociais e culturais.
 
Humaitá tem em seus prédios uma arquitetura única e encantadora, com edifícios históricos, igrejas, praças, cadeias e palacetes que refletem a sua história e cultura. Humaitá também oferece oportunidades de lazer e entretenimento, com seus balneários, festivais culturais, eventos esportivos e uma gastronomia rica e variada.
 
BERÇO CULTURAL DO AMAZONAS
 
Humaitá que já teve a 5ª maior biblioteca do Brasil e a 1ª do Estado do Amazonas, tem em seu povo o conjunto de crenças, valores, tradições, costumes, linguagem, arte e manifestações sociais que são transmitidas de geração em geração.
 
Nos últimos anos, Humaitá se tornou um polo estudantil com 2 Universidades: UFAM e UEA. Seus cursos promovem um ambiente de convivência harmonioso e criativo, onde as pessoas se sintam parte integrante da sua história, cultura e comunidade, e sejam estimuladas a criar e desenvolver suas habilidades e potencialidades Humaitá é uma cidade que inspira combinações históricas, culturais, estéticos, sociais e ambientais, inclusivo, sustentável e de qualidade de vida para todos os seus habitantes.
 
BELEZA ARQUITETÔNICA DO PASSADO
 
A beleza arquitetônica dos seus prédios do tempo áureo da borracha, é um dos principais atrativos ao visitante, que reflete na história marcada pelos barões da borracha, os antigos coronéis de barranco, que marcaram a cultura e as influências estilísticas da região. Muito embora sabemos que a arquitetura de uma cidade, pode ser uma forma de expressão artística e cultural, e pode ser vista como uma manifestação da identidade do povo que nela habita.
 
Castelo Mariana Foto: Lourismar Barroso
 
 
Castelo Mariana Foto: Lourismar Barroso Por outro lado, a falta de beleza arquitetônica em uma cidade, pode torná-la monótona e sem atrativos, e pode até mesmo afetar a autoestima e o orgulho dos seus habitantes.
 
Por isso, é importante valorizar a arquitetura como uma forma de expressão cultural e de beleza, e investir na preservação e revitalização de edifícios históricos e na construção de novos edifícios com qualidade estética e
funcional.
 
UMA CIDADE COM MEMÓRIA
 
Carregamos em nossos subconscientes a memória de tempos vividos, o que pode ser definida como boas lembranças das experiências e de pessoas que estiveram presentes em nossas histórias ao longo do tempo. Biblioteca Ferreira de Castro Foto: Lourismar Barroso A memória que temos de uma cidade pode ser vista como uma forma de preservar e transmitir sua história e cultura para as gerações futuras. Com isso, pode ajudar a fortalecer a identidade de seu
povo, contribuindo para desenvolvimento do turismo cultural e do orgulho cívico.
 
Biblioteca Ferreira de Castro Foto: Lourismar Barroso 
 
Lembrando que a memória pode ser uma fonte inspiradora, assim dizia o poeta Drummond: “uma cidade não se faz apenas de pedra, cimento e ferro. Ela é feita de emoções, de sonhos, de lembranças e de afetos”.
 
Por isso, é importante valorizar e preservar a memória da cidade, reconhecendo a importância de seu patrimônio cultural, promovendo sua conservação e valorização.
 
A INFÂNCIA
 
Todos nós temos boas recordações da cidade em que nascemos ou que escolhemos para viver. Nossa infância não deixa de ser uma experiência única e marcante em nossas vidas. Todas as cidades oferecem uma ampla variedade de experiências culturais, sociais e educacionais que podem influenciar em nossas formações, inclusive enquanto criança e moldar nossa visão de mundo.
 
Imagem simulação: Assim foi minha infância em Humaitá 
 
Imagem simulação: Assim foi minha infância em Humaitá Foto: autor desconhecido Em Humaitá tivemos uma infância desafiadora que não foi nada fácil. Em tempos outrora, já convivíamos com violência, pobreza e exclusão social, que de certo modo afetou indiretamente nossas vidas de crianças, mas que não comprometeu nosso desenvolvimento.
 
O AMOR PELO CIDADE
 
O sentimento que temos com a cidade de Humaitá, é uma relação afetiva muito especial, que desenvolveu ao longo das décadas de vivência e experiência naquela cidade. Esse amor tem vários motivos, pela minha família, pelos meus amigos e pela beleza arquitetônica, a riqueza cultural, a diversidade étnica, a preservação histórica, a qualidade de vida, entre outros.
 
Muitas vezes, as pessoas que amam suas cidades sentem uma profunda conexão com o local, como se fizessem parte da sua história e da sua identidade. Elas se orgulham de pertencer àquela comunidade, valorizam suas tradições e sua cultura, e se engajam em iniciativas que visam preservar e fortalecer o patrimônio local. Esse amor que sinto, é uma fonte de inspiração e de motivação para continuar a escrever sua história. 
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