IRRESPONSABILIDADE: ‘Fake News’ já fazem preços de arroz subirem em todo país

Notícias falsas de que produto faltaria, após alagamentos no Rio Grande do Sul (maior produtor do país), fizeram valores dispararem; agricultores dizem que não haverá desabastecimento

IRRESPONSABILIDADE: ‘Fake News’ já fazem preços de arroz subirem em todo país

Foto: Reprodução da internet

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Depois do anúncio do Governo Federal nesta semana, de que iria importar arroz para o país por causa das enchentes no Rio Grande do Sul, que é o maior produtor do Brasil (com cerca de 70% do total da safra), pessoas desocupadas e/ou maldosas disseminaram diversas “fake news” (notícias falsas) de que o produto iria faltar.

 

O resultado disso? Uma disparada sem motivo dos preços em várias capitais do país, além da limitação da quantidade por cliente. As “informações” espalhadas em grupos de WhatsApp não passam de MENTIRA.

 

Produtores de arroz e supermercados informam que não há risco de desabastecimento do grão no Brasil, apesar das enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional. A garantia é da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS).

 

“Infelizmente, isso é uma manobra de setores da direita, que estão querendo desviar o foco do que realmente importante: a incompetência dos seus representantes em fazer o básico - planejamento e prevenção contra os desastres naturais. A história de que apenas três deputadas federais entre 31 parlamentares do Rio Grande do Sul e todas de esquerda enviaram recursos para esses problemas, não pegou bem”, disse o analista político José Carlos Rodrigues ao Rondoniaovivo.

 

E ele complementa: “Sem contar que boa parte do agronegócio ainda apoia cegamente o ex-presidente Jair Bolsonaro. Vão querer com certeza prejudicar o atual governo, subindo os preços e atingindo que está mais vulnerável nesse momento: a população mais pobre, que está com dificuldades de se alimentar por diversos fatores climáticos, como enchentes ou estiagem, dependendo da região”.

 

Supermercados Pão de Açúcar e Extra limitam quantidade de apenas dois pacotes por cliente - Foto: Reprodução da internet

 

Governo Federal

 

Diante do risco de haver especulação – e aumento da procura pelo produto, por consumidores preocupados em estocar arroz, para o caso de uma eventual falta nos mercados – o governo federal publicou, no Diário Oficial da União da última sexta-feira (10), uma medida provisória que autoriza a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a importar até 1 milhão de toneladas de arroz beneficiado ou em casca, por meio de leilões públicos, para recompor os estoques públicos.

 

De acordo com a MP, os estoques terão, como destino preferencial, pequenos varejistas das regiões metropolitanas, “dispensada a utilização de leilões em bolsas de mercadorias ou licitação pública para venda direta”.

 

A expectativa é de que, na primeira etapa, sejam compradas 200 mil toneladas de arroz, que devem ser importados dos países vizinhos do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai, e eventualmente da Bolívia.

 

Garantias

 

Segundo a Federarroz, a colheita no RS abrange, até o momento, 83% do total da área prevista para a safra. A entidade acrescenta que o produto colhido apresenta “boa qualidade e produtividade, o que garante o abastecimento dos brasileiros”.

 

O presidente da entidade, Alexandre Velho disse que as áreas onde a colheita já foi feita apresentam boas médias de produtividade.

 

“Já temos um bom volume de arroz e mesmo que a gente tenha dificuldades na colheita deste saldo que falta colher, certamente o Rio Grande do Sul tem plenas condições de colher uma safra bem acima dos sete milhões de toneladas”, disse.

 

Já em Belo Horizonte (MG), a quantidade limitada é um pouco maior: cinco pacotes por consumidor - Foto: Reprodução da internet

 

“Embora tenhamos este grande problema com relação à colheita do que falta, nós temos plenas condições de afirmar que nós não temos problemas com relação ao abastecimento do mercado interno”, acrescentou.

 

Segundo ele, há um “problema momentâneo de logística”, principalmente na ligação com o interior do estado, mas a ligação com os grandes centros, por meio da BR-101, está normal.

 

Temos bastante arroz para deslocar para as regiões centrais do Brasil. Então não existe qualquer problema com relação ao abastecimento ou uma necessidade urgente de importação”, complementou.

 

Gôndolas

 

Na mesma linha dos rizicultores, a Associação Brasileira de Supermercados informou estar normalizado o abastecimento no varejo, “com diversas marcas, preços e promoções para atender à demanda de consumo tanto nas lojas físicas quanto pelo e-commerce”.

 

A entidade, no entanto, recomenda, aos consumidores, que não façam estoques em casa para que todos tenham acesso contínuo ao produto.

 

Em caráter preventivo, a Abras manifestou apoio à abertura da importação anunciada pelo Governo Federal para completar o abastecimento da população brasileira.

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