Na última semana, uma notícia mexeu com universo da alta tecnologia no mundo. O motivo foi o pedido de demissão do britânico Geoffrey Hinton, considerado um dos ‘pais’ da inteligência artificial.
Ele alegou ter saído da Google para ter maior liberdade para alertar sobre os perigos das novas tecnologias que, a cada dia, estão mais presentes em nossas vidas. Outros estudiosos, por sinal da mesma nacionalidade de Hinton, como o físico Sthephen Hawking, que em uma entrevista concedida em 2017, já prenunciava: “Todos os aspectos de nossas vidas serão transformados. A inteligência artificial pode se mostrar a maior invenção da história da civilização ou a pior. Ainda não sabemos se seremos beneficiados ou destruídos por ela.”
O programa ChatGPT é um tipo de Inteligência Artificial, que já se tornou popular, justamente, por fazer textos e, dizem, consegue até escrever livros. Isso assusta e muitos temem que a internet, em pouco tempo, seja dominada por textos, vídeos e fotos falsos se tornando uma fonte de fakenews e destruindo reputações. O mais alarmante ainda é que a quantidade de mentiras possam ser tantas e de forma tão rápida que o cidadão comum não consiga distinguir o que é falso do que é real.
O QUE A I.A. DIZ SOBRE HILDON CHAVES
O
Rondoniaovivo está fazendo matérias sobre o ChatGPT
tentando mostrar algumas inconsistência nas informações fornecidas por esse programa. É bom lembrar que ele alerta para os possíveis erros que possam constar nos textos elaborados por ele. No entanto, poucas pessoas se atentam a isso e usam as informações como verdadeiras, o que é muito perigoso tanto para quem faz como para quem é objeto do texto.
Para fazer as análises estamos usando o nome de políticos famosos no estado de Rondônia. Dessa vez, o escolhido foi o atual prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves(União Brasil).
As informações fornecidas pelo programa ChatGPT sobre ele, são as seguintes:
‘Hildon de Lima Chaves é um político brasileiro que foi prefeito de Porto Velho, capital do estado de Rondônia, de 2017 a 2020. Ele é membro do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).
Antes de entrar para a política, Chaves trabalhou como engenheiro civil e empresário, além de professor de matemática e física. Em 2016, candidatou-se a prefeito de Porto Velho e venceu, assumindo o cargo em janeiro de 2017.
Durante sua gestão como prefeito, Chaves priorizou investimentos em infraestrutura, educação e saúde. Ele também implementou uma série de reformas destinadas a reduzir a corrupção e melhorar os serviços públicos. No entanto, ele enfrentou críticas de alguns moradores e opositores políticos por lidar com questões como transporte público e planejamento urbano.
Chaves renunciou ao cargo de prefeito em abril de 2020, para concorrer a governador de Rondônia nas eleições de 2022. Ele acabou perdendo a corrida, terminando em terceiro lugar no primeiro turno de votação.’
ERROS DO I.A.
No início do texto diz que Hildon Chaves foi prefeito de Porto Velho quando, na verdade, ele continua ocupando esse cargo até 2024. Outra informação é a de que está no partido PSDB. O correto é que ele foi do PSDB e, hoje, faz parte do União Brasil.
Outra informação incorreta é a de que o atual prefeito de Porto Velho, antes de entrar na política era engenheiro civil e empresário. Antes se tornar político, ele exercia a profissão de promotor do Ministério Público.
O texto do ChatGPT afirma também que em 2020, Hildon Chaves deixou a prefeitura para concorrer ao Governo de Rondônia em 2022, perdendo a eleição. Essa informação também está incorreta, pois, ele nunca concorreu ao Governo de Rondônia e nem deixou, em algum momento, o cargo de prefeito da capital.
Esse é mais um exemplo do risco de não se checar as informações fornecidas pela Inteligência Artificial e, pior, como essas notícias falsas podem se espalhar pela internet ao serem compartilhadas em grupos de whatsapp e outras redes sociais.
Esse é o temor de Hinton, citado no começo dessa matéria. Ele afirma que a velocidade do avanço da IA, pode ser algo sem reversão e que a humanidade pode não conseguir controlá-la e nem conhecê-la em profundidade.
"Veja como era há cinco anos e como é agora. Veja a diferença e projete-a no futuro. Isso assusta A ideia de que essas coisas poderiam tornar-se mais inteligentes do que as pessoas, era aceite por algumas pessoas. Mas a maioria pensava que isso estavam muito longe. Eu pensava que estava longe. Pensava que faltavam 30 a 50 anos ou mais. Obviamente, já não penso isso", finalizou.