ABSOLVIDOS - Quem votou em quem e os meandros da mais longa sessão na Câmara no ano

Marcante também verificar que outros vereadores foram contra as punições, como foi o caso do vereador e ex-secretário Macário Barros, o voto surpreendente de “Chico Lata”, que também votou contra o relatório, sendo que ele foi membro da Comissão Processan

ABSOLVIDOS - Quem votou em quem e os meandros da mais longa sessão na Câmara no ano

Foto: Divulgação

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Vereadores em uma reunião entre eles durante a sessão histórica.
Existia uma grande expectativa ontem (12) da sessão extraordinária na Câmara Municipal de Porto Velho para o julgamento dos cinco vereadores acusados pela investigação da Polícia Civil, que resultou na Operação Apocalipse. Existia um clamor popular de justiça e que movimentou a Capital desde domingo. Porém, quando a própria Casa de Leis do município restringiu acesso, permitiu entrada aos correligionários dos vereadores indicados a cassação, Jair Monte (PTC), Pastor Delson Moreira (PRB) e Cabo Anjos (PDT), com direito a cartazes e faixas de apoio, percebeu-se sinais de que o resultado seria de absolvição.

Numa longa sessão, que teve início às 14h, com uma extensa leitura do relator da Comissão Processante, Léo Moraes, apresentando detalhes da investigação em torno dos cincos vereadores supostamente envolvidos com a Orcrim (Organização Criminosa), que inclui ainda Marcelo Reis (PV) e Eduardo Rodrigues (PV) – que foi proposto penas brandas. Foi justamente o vereador Jurandir Bengala (PT) que contrariando o seu próprio partido acabou votando contrário ao relatório e isso fez uma grande diferença no computo geral dos votos necessários para que ocorresse a cassação. Seriam necessários 14 votos.

Marcante também verificar que outros vereadores foram contra as punições, como foi o caso do vereador e ex-secretário de saúde Macário Barros, o voto surpreendente de “Chico Lata”, que também votou contra o relatório, sendo que ele foi membro da Comissão Processante e ajudou a aprovar o documento final.

A abstenção em todos os votos do vereador Márcio Pacele (PSB), líder do prefeito Mauro Nazif, foi ponto forte no resultado final também, já que ele votou favorável aos seus pares acusados. Um recuo na participação democrática dentro do parlamento que pode ser negativo para suas pretensões políticas.

O resultado final diante das defesas feitas pelos advogados dos acusados, o mais representativo foi o do desembargador Sebastião Teixeira Chaves – que foi preso durante a Operação Dominó, em 2006, no maior escândalo de corrupção da história política de Rondônia, envolvendo legislativo e executivo – que além de ter citado a sua própria prisão, considerada por ele injusta, disse que havia vários erros na cassação dos vereadores, entre eles a convocação de suplentes para votação. O que ele considerou ilegal. Com um arraigado discurso de defesa utilizando sua própria experiência o efeito foi benéfico a seu cliente, Pastor Delso Moreira, que foi absolvido por 12 votos favoráveis e 3 contra.

Ao final do apagar das luzes, pouco depois da meia-noite, dentro do plenário da Câmara Municipal de Porto Velho, o resultado foi favorável a todos os envolvidos e uma porta aberta para discussão entre os eleitores que buscam compreender os meandros do que ocorreu na sessão mais longa do ano, onde a lisura da própria Casa de Leis do Município estava sendo posta na berlinda. O resultado pode ter desagradado uma maioria, mas o que permanece é a decisão soberana dos vereadores que prosseguem o seus mandatos.

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