Uma campanha eleitoral vitoriosa pode ser um dos empreendimentos mais caros do país. Durante esse período, candidatos contratam vários funcionários para exercerem as mais diferentes funções. Os trabalhos vão desde “formiguinhas”, até cargos de gerentes de campanha.
Maison Aluízio Barroso e Samuel Costa Menezes estão entre esses trabalhadores que durante os meses eleitorais de 2011, dispensaram esforço e tempo para um político, porém de acordo com ambos, após trabalharam três meses para o então candidato, e hoje Deputado Estadual Maurão de Carvalho, não receberam um centavo dos valores acordados entre as partes.
Segundo Maison e Samuel, Maurão de Carvalho, os contratou para o trabalho sem vínculo empregatício (Art.100 da lei 9.504/97), para que eles desempenhassem o trabalho de “coordenadores de campanha”. Cabia aos dois, vistoriar e comandar o trabalho de cabos eleitorais e formiguinhas, pelo salário mensal de dois mil reais, durante um período de três meses.
Aproximadamente dez meses depois, Maison e Samuel, alegam que foram totalmente ignorados pelo deputado e seus assessores. Eles ainda afirmaram que toda vez que vão cobrar a dívida, sofrem ameaças por parte de funcionários do gabinete do deputado.
“Viemos procurar a imprensa por que não agüentávamos mais tanta falta de respeito, eu fui oitenta e quatro vezes ao gabinete do deputado Maurão de Carvalho, e sempre saí de mãos vazias, trabalhei duro na campanha e quero receber meu dinheiro”, afirmou Samuel Costa Menezes.
Maison Aluízio, disse ainda que saiu do seu emprego fixo na época da campanha, pois de acordo com ele recebeu várias promessas caso saíssem vitoriosos no pleito.
“Resolvi me dedicar de corpo e alma, resultado, fiquei sem o dinheiro e sem meu emprego”, disse Maison Aluízio Barroso.
Justiça
Cansados da demora e morosidade, Maison e Samuel decidiram entrar na justiça com duas Atermações de Reclamação Trabalhista, (nº 0845.2011.006.14.00-8 e nº 0848.2011.003.14.00-2) onde, de acordo com os cálculos do requerimento, o Deputado Estadual Maurão de Carvalho, deve para cada um o valor de 5.866,65 (Cinco Mil, Oitocentos e sessenta e seis reais e sessenta e cinco centavos).
Caso seja condenado nas audiências agendadas para os próximos dias, o deputado deverá arcar com uma divida acima dos onze mil reais.
Pressão
De acordo com os denunciantes, assessores de Maurão de Carvalho teriam afirmado que toda a Imprensa é comprada pelos deputados. Caso alguém publicasse a denúncia, seria retaliado com a suspensão do contrato oficial de mídia do Poder Legislativo.
Com certeza, o assessor do deputado desconhece um TAC – Termo de Ajuste de Conduta firmado entre o poder legislativo e Ministério Público,que garante a impessoalidade na determinação de campanhas publicitárias públicas.
O Rondoniaovivo não se curva a pressão econômica. Possuímos a maior carteira de clientes na iniciativa privada, que nos garante independência financeira, sem precisarmos se encolher frente a supostos “coronéizinhos de barranco”.