Pesquisa CNT/Sensus aponta empate técnico entre Dilma e Serra

Pesquisa CNT/Sensus aponta empate técnico entre Dilma e Serra

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Foto: Divulgação

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Pesquisa do Instituto Sensus encomendada pela CNT (Confederação Nacional do Transportes) aponta empate técnico entre a candidata do PT, Dilma Rousseff, e o tucano José Serra, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (14).
 
A petista obteve 46,8% das intenções, contra 42,7% de Serra. Como a margem de erro é 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos, o resultado aponta empate técnico entre os dois candidatos. Votos brancos e nulos somaram 4%, e o percentual entre os que não responderam e os que não sabem 6,6%.
 
Considerando os votos válidos (que excluem nulos e brancos), Dilma tem 52,3% contra 47,7% de Serra.
 
A pesquisa foi realizada entre os dias 11 e 13 de outubro, e entrevistou 2.000 eleitores em 24 Estados, com sorteio aleatório de 136 municípios. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número 35.560/270 no dia 8 de outubro.
 
Na pesquisa espontânea, na qual os candidatos não são identificados para os entrevistados, Dilma aparece com 44,5% e Serra com 40,4%. Os demais nomes citados pontuaram 0,3%. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda foi citado com 0,3%. Os votos brancos e nulos registraram 4% e os que não sabem e não responderam totalizam 10,6%.
 
Ao serem questionados sobre a expectativa de vitória, 59,6% dos entrevistados disseram acreditar que a candidata petista sairá vitoriosa do segundo turno das eleições, enquanto Serra aparece com 29%. Os indecisos somam 11,4%.
 
O Instituto Sensus identificou que 72,9% dos eleitores já têm voto definido. Os que não têm representam 22,9% e os indecisos, 4,3%.
 
92,7% dos entrevistados disseram que irão comparecer às urnas neste segundo turno, indecisos somaram 3,9%; 2,7 disseram que não vão votar e os que não sabem ou não responderam somaram 0,8%.
 
Rejeição
 
A CNT/Sensus verificou que o índice de rejeição dos candidatos está próximo: Serra tem 37,5% e Dilma, 35,4% - também tecnicamente empatados.
 
Contudo, a pesquisa identificou um aumento da rejeição da petista em relação ao último levantamento (de 26 a 28 de setembro), quanto Dilma estava com 32,6% e Serra com 40,2%.
 
“Nessa eleição, principalmente no final do primeiro turno, temos um fenômeno sociológico de natureza cultural de desconstrução de imagens. O processo de difamação até certo ponto, pegou”, comentou o diretor do Instituto Sensus, Ricardo Guedes.
 
Debate na Band
 
Dos entrevistados, 30,9% disseram ter assistido ao primeiro debate do segundo turno, promovido pela TV Bandeirantes no último domingo (10). Desses, 54,7% avaliaram que a ex-ministra teve um desempenho melhor, contra 45,3% do ex-governador de São Paulo.
 
Guedes, avaliou que o debate foi positivo para a presidenciável. No entanto, as denúncias de tráfico de influência na Casa Civil foram preponderantes para diminuir a intenção de votos da candidata. “Teve um peso maior que a discussão sobre assuntos religiosos”, afirmou.
 
“A posição da CNT/Sensus será de evitar fazer prognósticos [de vitória] devido ao rumo que a campanha tem tomado, com o empate técnico entre os dois candidatos”, afirmou o presidente da CNT, Clésio Andrade.
 
Votos por região
 
Dilma Rousseff apresentou quedas na expectativa de votos em todas as regiões do país. A única em que manteve a liderança foi a região Nordeste, onde obteve 60,7% das inteções de voto contra 31,1% de Serra. Na pesquisa de 26 a 28 setembro, a petista tinha 66% contra 24,5% do tucano.
 
No Sudeste, Dilma (43,3%) e Serra (44,7%) estão tecnicamente empatados. Na avaliação anterior, Dilma tinha 52,1% e Serra, 36%.
 
No Sul, o candidato do PSDB cresceu mais: passou de 45,5% para 56%, enquanto a petista teve queda de 40,7% para 36,4%.
 
Nas regiões Norte e Centro-Oeste, também houve uma redução nas intenções de votos de Dilma, de 48,9% para 40,7%. Serra subiu de 38,2% para 45,7%.
 
“Não estamos vendo outra explicação que não seja a campanha de difamação e desconstrução da imagem de Dilma para os resultados”, afirmou Clésio Andrade.
 
Fonte: UOL Eleições
 
Autor: Camila Campanerut
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