Calamidade na saúde - Por Valdemir Caldas

Calamidade na saúde - Por Valdemir Caldas

Calamidade na saúde - Por Valdemir Caldas

Foto: Divulgação

Receba todas as notícias gratuitamente no WhatsApp do Rondoniaovivo.com.​

Talvez nenhum outro setor revele profunda deterioração nos serviços que presta quanto o da saúde. Sucessivas e diferentes propostas para evitar o completo caos do atendimento à população não conseguiram impedir que se estabelecesse o estado de calamidade nessa importante área.

 

Preocupado, o vereador Eduardo Carlos requereu à mesa diretora da Câmara Municipal de Porto Velho, a realização de uma audiência pública, na próxima segunda-feira, para discutir os problemas afetos ao setor. Foram convidados, dentre outras autoridades, os secretários da saúde estadual e municipal, além de representantes da OAB-RO, arquidiocese de Porto Velho, de entidades sindicais e presidentes de associações de moradores.

 

Vive-se, hoje, a antevéspera do caos. O sistema unificado de saúde, que deveria reorganizar os serviços e colocar à disposição da população atendimento universal, padece de distorções que só contribuem ainda mais para agravar os problemas.

 

Não se diga, porém, que esse seja um privilégio (infame privilégio!) apenas de Rondônia. Não! Trata-se de um problema nacional. É claro que, no estado, a situação vai de mal a pior. Nas policlínicas municipais, por exemplo, enquanto sobram filas, faltam médicos e medicamentos. E o que dizer dos hospitais de Base e João Paulo II, que até já ganhou o apelido de a “casa dos horrores?”.

 

Comprovadamente, o petismo só enxerga os erros dos adversários. Dia desses, a vereadora Mariana Carvalho lembrou a um aliado do prefeito, que a administração municipal tem sua parcela de responsabilidade pelo flagelo em que se encontra o setor da saúde. Porto Velho é a única capital brasileira que ainda não tem um hospital municipal. Ou seja, deixa tudo nas costas do estado.

 

Mas isso parece de somenos importância para o prefeito Sobrinho, cuja preocupação maior tem sido inchar a máquina municipal com a criação de sinecuras. A partir de segunda-feira, o prefeito vem tentando fazer passar, na Câmara, um projeto de lei complementar, que altera a estrutura organizacional da secretária municipal de educação. Na prática, isso significa mais de seiscentos novos cargos na folha de pagamento da SEMED.

 

Enquanto predominar a visão parcial e prevalecer o interesse de grupos sobre os da sociedade, a saúde pública continuará periclitante. Por conta disso, vai-se consolidando no seio da população a triste expectativa de que a humilhação por que passam os que dependem dos serviços públicos exacerba toda vez em que uma vida sacrificada não consegue determinar mais que um tiroteio verbal. Enfim, mais palavras e nenhum ato concreto capaz de transformar a vergonhosa situação da saúde pública, no Brasil.

Direito ao esquecimento

A política de comentários em notícias do site da Rondoniaovivo.com valoriza os assinantes do jornal, que podem fazer comentários sobre todos os temas em todos os links.

Caso você já seja nosso assinante Clique aqui para fazer o login, para que você possa comentar em qualquer conteúdo. Se ainda não é nosso assinante Clique aqui e faça sua assinatura agora!

Na sua opinião, qual companhia aérea que atende Rondônia presta o pior serviço?
Você ainda lê jornal impresso?

* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!

MAIS NOTÍCIAS

Por Editoria

PRIMEIRA PÁGINA

CLASSIFICADOS veja mais

EMPREGOS

PUBLICAÇÕES LEGAIS

DESTAQUES EMPRESARIAIS

EVENTOS