Cassol nega acusação de grilagem, violência e suborno

Cassol nega acusação de grilagem, violência e suborno

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Foto: Divulgação

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*O governador de Rondônia, Ivo Cassol (PSDB), negou as denúncias de que estaria tentando expulsar, pela força, agricultores de um assentamento no município de Alta Floresta do Oeste, com o objetivo de grilar o terreno. Entre as acusações, está a de que seu filho teria metralhado o local para ameaçar os assentados. Cassol depôs na quarta-feira (22) na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) da Terra, presidida pelo senador Alvaro Dias (PSDB-PR). *Apesar da gravidade da denúncia, o governador quis sair pela tangente, acusando o Incra de não cumprir suas obrigações. *A senadora Fátima Cleide disse ao governador que ele estava politizando a questão. "Governador, quero lembrá-lo que esta denúncia a comissão recebeu em Porto Velho, quando agricultores estiveram na Assembléia, em abril, ocasião em que a CPMI lá esteve. Quero dizer também, governador, que não é politizando a questão que vamos regularizar a situação fundiária em Rondônia. Recebi essa denúncia em setembro de 2004, veja bem, em plena campanha, e não a utilizei. Disse aos assentados que eles também estavam errados, que precisavam documentar o que estava ocorrendo, o que foi feito. A denúncia é grave e o senhor precisa nos convencer de que os assentados não foram ameaçados por agentes das instituições que o senhor comanda", disse a senadora. *O deputado federal Anselmo de Jesus Abreu (PT-RO), um dos autores das denúncias, entregou à CPI da Terra dois CDs com gravações de áudio, nas quais estariam registrados dois encontros entre o filho do governador, Ivo Cassol Jr., e os agricultores assentados na Gleba Massako, no município de Alta Floresta do Oeste. Em um dos encontros, Cassol Jr. teria ameaçado os assentados e, logo em seguida, metralhado as plantações do terreno utilizando um helicóptero do governo de Rondônia. Segundo o deputado, a Gleba Massako está em uma área pública, e o governador estaria interessado em anexá-la a um terreno de propriedade de sua família. O presidente da CPI da Terra, senador Alvaro Dias, destacou a necessidade de investigação das denúncias. *"Ouvimos duas versões nessa audiência. É necessário apurar o que realmente houve. Por isso, vamos solicitar à Polícia Federal que realize uma auditoria no local. Também serão contatados o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra)", disse o senador.
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