METÁSTASE – Delegado relata esquema de propina na prefeitura
Foto: Divulgação
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Em coletiva realizada na segunda-feira (02), o Delegado Regional de Polícia Civil, Fábio Campos, forneceu mais informações sobre a “Operação Metástase”, cujas diligências foram realizadas hoje.
Segundo o delegado o esquema de desvio de verbas da prefeitura de Chupinguaia foi realizado através de fraude em contrato de locação de imóvel a Secretaria Municipal de Ação Social. Uma pessoa foi presa e o ex-titular da pasta está sendo procurado pela polícia. O procurador-geral do Município foi afastado de suas funções acusado de participação na falcatrua, mas por enquanto não há indícios de participação do prefeito Vanderlei Palhari.
O delegado disse que o contrato de aluguel do imóvel foi feito em benefício de Ilson Mendes Siqueira, que de acordo com informações do Cartório de Imóveis não consta como proprietário do prédio. Detido na operação, Siqueira afirmou que repassava o dinheiro a Aparecido Alves dos Santos, o ex-secretário de Ação Social. O valor envolvido na transação ilegal teria alcançado a cifra de 40 mil reais. A participação do procurador-geral Roberto Ângelo Gonçalves teria ocorrido através de parecer de reconhecimento da dívida.
Fábio Campos também detalhou que Ilson Mendes Siqueira mantinha estreito vínculo de amizade com Aparecido, que o teria trazido de Nova Brasilândia em 2.011, ocasião em que chegou a trabalhar na prefeitura por cerca de dez meses. Segundo o apurado pelas investigações os dois moravam juntos. Não há indícios da participação de Siqueira em outros crimes.
Segundo o delegado, Aparecido Alves dos Santos não tem frequentado a prefeitura desde o dia 20 de abril, ocasião em que aconteceu ação de busca e apreensão de documentos na prefeitura, apesar de ocupar outro cargo no primeiro escalão do Município. Ele foi procurado na cidade nesta manhã, mas não foi encontrado. Caso não se apresente nas próximas 72 horas será considerado foragido. A prisão preventiva do suspeito também está amparada por suposta tentativa de atrapalhar as investigações. “Temos informações que na semana passada ele ofereceu emprego para Siqueira na prefeitura em troca do mesmo não passar informações sobre o caso que estamos trabalhando, o que configura obstrução”, disse.
Quanto ao procurador-geral do Município, a determinação é que ele fique afastado das funções até o final das investigações, estando impedido de frequentar o Paço Municipal. Campos disse que vários documentos relativos ao caso desapareceram da prefeitura, mas foram encontrados recibos e cópia do parecer da Procuradoria reconhecendo a dívida. Finalizando, o delegado afirmou que por enquanto não há elementos que comprovem participação ou conhecimento da fraude por parte do prefeito Vanderlei Palhari.
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