Amazonas - PF prende acusados de fraudes em licitações na Petrobras

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Foto: Divulgação

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A Polícia Federal prendeu ontem vários acusados de envolvimento em fraudes relacionadas a licitações de serviços para a Petrobras. As prisões ocorreram a pedido do Ministério Público Federal (MPF), que ofereceu denúncia contra 26 pessoas acusadas de participar do esquema e solicitou a prisão de 18 acusados. A PF não divulgou o número de pessoas presas. A Petrobras informou em um comunicado que está cooperando totalmente com as investigações. “A pedido da Procuradoria da República do Estado do Rio de Janeiro, a Petrobras não tomou nenhuma atitude anteriormente para não prejudicar as investigações”, informou uma nota da estatal, que relatou ainda ter afastado os empregados envolvidos de suas funções. A companhia ainda instalou uma “comissão de sindicância para apurar imediatamente as possíveis irregularidades e adotará as medidas cabíveis”. Os réus irão responder pelos crimes de formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, fraude em licitação, falsidade documental e estelionato, de acordo com a participação de cada acusado nas irregularidades. “Em um trabalho conjunto entre MPF, Polícia Federal e a auditoria da Petrobras foi possível identificar a quadrilha que primava por praticar crimes tributários e que, após a conclusão da ação fiscal por parte da Receita Federal, poderá responder também pelo crime de sonegação fiscal”, relatou o comunicado da Procuradoria da República do Rio de Janeiro. De acordo com o procurador da República Carlos Alberto Aguiar, autor da denúncia criminal, um dos esquemas funcionava com o repasse de informações privilegiadas, por parte de funcionários da Petrobras, e ocorreria desde 2003. As empresas acusadas de envolvimento no esquema fraudaram ainda licitações envolvendo as plataformas P-14 e P-16, segundo o Ministério Público Federal. Em outro esquema, os acusados desviavam recursos repassados pelo governo do Estado por meio de convênios sem licitação para organizações não governamentais (ONGs) que, em tese, se encarregariam da execução de programas sociais, segundo a Procuradoria da República. Na operação chamada de “Águas Profundas”, a Polícia Federal está cumprindo, além dos mandados de prisão preventiva, mandados de buscas e apreensões em 89 endereços, expedidos pela 4a Vara Federal Criminal, a pedido do Ministério Público. A Petrobras, que não divulgou a identidade dos funcionários acusados, reafirmou “que não medirá esforços para colaborar com as investigações das autoridades, seja neste processo ou em qualquer outro que ocorra, buscando sempre defender os interesses de seus acionistas, de sua força de trabalho e de toda a sociedade”.
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