A revolta foi iniciada pelos detentos no final da tarde de sábado (17), quando eles se recusaram a liberar os 174 visitantes do dia, sendo, 153 mulheres, 19 crianças e dois homens. >>>
*Foto/legenda: Secretário Gilvan Ferro (camisa branca) e o seu assessor, Jeremias Barbosa, junto com o presidente do Conselho Penitenciário de Rondônia, Gabriel Tomasete (camisa listrada)
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Sem mortes ou feridos, os detentos liberaram a saída dos visitantes depois das negociações com os dirigentes da Seapen
*Acabou no final da tarde deste domingo (18) o movimento iniciado pelos detentos no dia anterior na Casa de Detenção José Mário Alves da Silva, em Porto Velho. Os 174 visitantes foram liberados após a rápida intervenção do titular da pasta da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária – SEAPEN, Gilvan Cordeiro Ferro, à frente das negociações.
*De acordo com o Secretário, não foi necessária a entrada da Companhia de Operações Especiais da Polícia Militar e também a formação de um Gabinete de Gerenciamento de Crise. “As condições foram favoráveis para que as negociações transcorressem na maior normalidade e tivesse seu final feliz”, afirma.
*Início e reivindicações
*A revolta foi iniciada pelos detentos no final da tarde de sábado (17), quando eles se recusaram a liberar os 174 visitantes do dia, sendo, 153 mulheres, 19 crianças e dois homens.
*Ainda no sábado, o Diretor Executivo da SEAPEN, Dr. Juarez Barreto Macedo Júnior, e o Gerente do Sistema Penitenciário, Luiz Pereira Rodrigues, compareceram à Unidade para dar início aos trabalhos de negociação.
*A principal reivindicação pleiteada pelos detentos era a volta dos 10 apenados que foram transferidos da Penitenciária Ênio Pinheiro para o Presídio de Nova Mamoré, depois de uma tentativa de confronto ocorrido na última quarta-feira (14) entre os presos do Pavilhão “B” e “A” do Ênio. Fato este que foi contornado e controlado pela ação rápida dos agentes penitenciários, contando logo após, com o reforço do Batalhão de Choque da PM.
Outra questão que foi colocada em pauta foi a lotação dos quatro novos blocos da Casa de Detenção ocasionada pela transferência dos 120 presos que participaram do episódio no Ênio.
*Medidas adotadas
*Segundo Gilvan, a principal reivindicação foi atendida com o retorno à Capital dos 10 apenados transferidos para a Unidade de Nova Mamoré. “Todas as decisões foram tomadas para garantir a vida e integridade física dos detentos e visitantes, e também para evitar uma possível depredação do patrimônio público”, declara o Secretário, dizendo ainda que, tudo foi feito de acordo como manda a Lei de Execuções Penais, pautando-se estritamente por ela.
*Enquanto à permanência dos 120 apenados na Casa de Detenção, Gilvan disse que somente irá devolvê-los à Penitenciária Ênio Pinheiro depois da reforma no Pavilhão “B”, que no dia do fato teve sua estrutura parcialmente comprometida.
*Na oportunidade, o Secretário agradeceu o empenho e presença dos cerca de 40 agentes penitenciários que compareceram à Casa de Detenção para prestar apoio, depois da convocação feita pela Diretora Administrativa da Unidade, Tereza Carvalho.
*Sem mortes ou feridos
*Ao final do movimento com a liberação dos visitantes, o presidente do Conselho Penitenciário de Rondônia, Gabriel de Moraes Correa Tomasete, destacou a maneira como foi conduzida as negociações. “Esta é a segunda revolta consecutiva dos apenados sem a ocorrência de mortes ou feridos, percebendo assim, o fruto de um trabalho que está sendo realizado com o Projeto de Melhoria na Gestão Penitenciária”, completa.