*Foto/legenda: O assassino confesso José Alves Pedrosa e a arma que ele utilizou para matar a mulher
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*Um crime ocorrido no dia 18 desse mês em um sítio localizado no Km 58, da BR 319 (sentido Porto Velho/Humaitá), do outro lado do rio, movimentou a Delegacia de Homicídios da capital na tarde dessa segunda-feira (27), quando a equipe F (formada pelos investigadores Nogueira, Isaias e Antônio Carlos), sob o comando do delegado-titular Everaldo Castro Magalhães, prendeu e trouxe para depor José Alves Pedrosa, que matou com dois tiros Cléris Lúcia da Silva (45 anos) após uma discussão gerada por ciúmes.
*O assassinato ocorreu após uma violenta discussão na noite de sábado, 18, onde, segundo o assassino confesso, a mulher o atacou com uma lâmina, uma peixeira niquelada, tentando matá-lo, como defesa ele pegou uma Winchester 22 e a abateu com dois tiros, um no abdômem e outro na cabeça. Na ocasião não estava ninguém na casa, por isso mesmo José Alves ainda encontrou frieza e argúcia para esconder o corpo à sua maneira.
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OCULTAÇÃO DE CADÁVER
*Um amigo da família deu falta de Cléris e perguntou a José onde ela se encontrava, ele disse então que ela havia vindo à Porto Velho para consultar um médico num posto de saúde. Com essa informação o amigo, que não foi identificado, procurou pela mulher, onde, segundo ele, ela é conhecida em alguns postos de saúde. Mas onde ia sempre tinha a mesma resposta, ninguém havia visto o seu paradeiro, desconfiado de José Alves Pedrosa ele foi direto à delegacia prestar queixa.
*Acionada, a equipe F da Delegacia de Homicídios foi até o local onde ocorreu o crime e encontrou José Alves recolhendo macaxeira da plantação no sítio, quando foi dada voz de prisão. Ele então contou como fez para ocultar o cadáver de Cléris.
*Segundo depoimento dado na Delegacia de Homicídios, José Alves teve a frieza de entrar no rio com o corpo da mulher e nadar com ele por 200 metros, indo pela beira, até encontrar um local ermo e ali enterrá-lo.
*CIÚMES
*José Alves estava no sítio de Cléris desde setembro de 2005, quando iniciou um relacionamento e nos últimos tempos ele desconfiou de que estava sendo traído por ela, até o momento em que disse ter encontrado uma embalagem personalizada de um mini-sabonete de um motel da cidade, foi quando deu início a discussão que acabou resultando na tragédia.
*Os familiares da vítima passaram a tarde e início da noite de segunda-feira fazendo pressão na Delegacia de Homicídios para que José Alves permanecesse preso, já que não houve o flagrante, pois o crime ocorreu há nove dias.
*Segundo um dos investigadores, o assassino será indiciado pela delegacia de Humaitá e na manhã dessa terça-feira uma diligência estará acompanhando José Alves para que o mesmo leve a equipe, incluindo peritos, até o local onde enterrou a vítima.