Acre - Acusados de roubar remédios de centros de saúde são indiciados

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Foto: Divulgação

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*Após um ano e quatro meses de investigação, a polícia da Capital conseguiu indiciar por estelionato o farmacêutico André Roberto Vale dos Santos e Maria Chagas Brito. Eles são acusados de integrar uma quadrilha, que falsificou carimbos de quatro médicos da rede pública de Saúde do Acre, para desviar mais de 10.000 ampolas de Glucantine, medicamento usado para o tratamento da leishmaniose - ferida braba -, doença tropical, freqüentemente detectada em colônias e seringais da Amazônia. *O bando tem outros integrantes sob investigação e foi descoberto a partir do cruzamento de dados da Secretaria Municipal de Saúde de Rio Branco (SEMSA). Os técnicos verificaram que a saída do medicamento dos postos era cem vezes superior às prescrições médicas destinadas ao tratamento da 'ferida braba'. *De imediato, os nomes dos responsáveis pela retirada da Glucantine dos postos e até do Hospital de Base foram encaminhados em caráter sigiloso para todas as farmácias dos postos de Saúde. No final de novembro de 2004, os servidores do Cláudia Vitorino, no Taquari, flagraram Maria Chagas Brito tentando pegar 60 ampolas do remédio com uma receita falsa. *Detida e levada para a 2ª USP, Maria confessou ter pegado o remédio em vários centros e várias vezes, inclusive em Senador Guiomard. Disse trabalhar para o dono da Droga Vale, André Roberto Vale dos Santos. Pelos serviços recebia gás de cozinha, cestas básicas e às vezes algum dinheiro para resolver questões de emergência. Os dois foram indiciados criminalmente, no inquérito relatado ontem e enviado ao Poder Judiciário. *A investigação *Segundo o delegado André Monteiro, a ação dos criminosos tinha como base a falsificação de carimbos dos médicos Leonardo Contreiras, Milton Escatelazo, Eduardo Chavez e Carmina Erreraz, com os quais emitiam receitas falsas. Os profissionais não sabiam que seus nomes estavam nas mãos da quadrilha que deliberadamente agia em seis unidades de Saúde. *Conforme a investigação, o fato de serem apenas carimbo de médicos estrangeiros foi uma estratégia dos espertalhões para dificultar o trabalho da polícia. A quadrilha atacou o Hospital de Base, o Centro de Saúde Cláudia Vitorino, Barral y Barral e Maria do Socorro Cavalcante, este último no Quinari. *Segundo a polícia, um integrante da quadrilha especializada em desviar Glucantine dos centros de saúde Claudinaldo Nascimento Marques, de uma só tacada levou 360 ampolas do remédio da farmácia do Barral y Barral. "O medicamento não é vendido em farmácia. O tratamento da leishmaniose é gratuito em todo Brasil, mas no mercado clandestino os estelionatários vendiam uma ampola por 10 reais", disse o delegado que investigou o caso. *A leishmaniose *Para combater a doença, a droga de primeira escolha é o Antimonial Pentavalente (Glucantine), de fácil aplicação, baixa toxicidade, podendo apresentar alguns efeitos colaterais tais como: dores musculares e articulares, náuseas, vômitos, dores abdominais, febre, dor de cabeça. Geralmente, estes sintomas são discretos e não exigem a suspensão do tratamento. Ela também se manifesta em cães, até o presente momento, não se conhece tratamento eficaz, sendo necessário o sacrifício do animal. *Ainda segundo a polícia, pelo fato de ser um remédio de fácil aplicação, a Glucantine é facilmente vendida nas colônias e seringais. Os estelionatários se aproveitavam da falta de informação do homem do campo para vender o remédio adquirido de forma ilícita, a 'peso de ouro', aos portadores da leishmaniose. *"Como o medicamento é caro e usado em doses que variam de 9 a 90 ampolas dependendo do grau da doença, acabou se transformando em um negócio lucrativo para os estelionatários", disse André Monteiro. Ele garante que mesmo tendo relatado o inquérito inicial será instaurado um complementar, para alcançar o restante da quadrilha que já levou milhares de ampolas de Glucantine da rede pública de saúde do Estado e do município.
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