O sinistro com a unidade hospitalar móvel flutuante do governo de Rondônia causou enorme prejuízo financeiro e para os atendimentos de saúde às comunidades ao longo das bacias dos rios Mamoré e Guaporé, na fronteira entre Brasil e Bolívia. O que o governo estadual planeja gastar para o resgate e reforma é equivalente à compra de uma unidade nova.
O Barco Hospital Walter Bartolo afundou na cidade de Guajará-Mirim, na madrugada do último dia 30 de abril, e até o momento não se sabe o valor total do prejuízo. O secretário estadual de Saúde, coronel Jefferson Rocha, informou que até o momento somente o conserto da embarcação está orçado preliminarmente em R$ 4 milhões, para que ele fique em ponto de ser usado e também mobiliado. “Vamos abrir um processo de forma emergencial para isso”, disse.
Sobre quanto foi gasto na operação para fazer o resgate do barco Walter Bartolo, do local do naufrágio, o secretário disse que ficou em R$ 2 milhões. A embarcação estava avaliada em R$ 4 milhões e operava desde 2016, atendendo às populações ribeirinhas, indígenas e quilombolas do Brasil e da Bolívia que vivem nas margens dos rios Guaporé e Mamoré.
Até antes do naufrágio, o barco hospital estava equipado com consultórios médicos; salas de enfermagem, triagem, nebulização, procedimentos e curativos; sala de coleta e laboratório; farmácia; cozinha e lavanderia. O titular da Sesau declarou que os equipamentos médicos não foram perdidos.
“Tudo havia sido retirado antes e retornado para as unidades de saúde, já que não estava em missão”, explicou.
A operação do Barco Hospital Walter Bártolo era feita pelo Governo de Rondônia, e ele era fruto de uma compensação social da concessionária da Usina Hidrelétrica Jirau, a Energia Sustentável do Brasil (ESBR). A meta era compensar os impactos sociais decorrentes da construção da usina.
O Barco Hospital Walter Bartolo foi adquirido durante o governo de Confúcio Moura (MDB) ao valor estimado de R$ 4 milhões e servia para atender diversas comunidades tradicionais, indígenas, quilombolas e apoio à saúde às comunidades bolivianas das margens dos rio Mamoré e Guaporé.