REPARAÇÃO HISTÓRICA: Após 71 anos, católico tem ato de batismo reconhecido em Porto Velho

Por fatores desconhecidos, a criança foi batizada com o pseudônimo “José” e não teve o nome verdadeiro constado em registro

REPARAÇÃO HISTÓRICA: Após 71 anos, católico tem ato de batismo reconhecido em Porto Velho

Foto: Divulgação

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Nos 100 anos da Arquidiocese de Porto Velho, o atual Arcebispo de Porto Velho, Dom Roque Paloschi faz uma reparação histórica. O jornalista Zola Xavier da Silveira teve a emissão de sua certidão de batismo constando o seu nome completo, garantindo os seus direitos religiosos. No batistério emitido em 1956, aparece que no livro 20, página 16v, sob o número 156, foi lavrado o batismo de “José”. O ato foi celebrado pelo Padre Ângelo Spadari, que na época era vigário na Catedral Sagrado Coração de Jesus, em Porto Velho (RO).

 

Em 2009, o católico fez uma solicitação que não consumou em alteração. Para ter a reparação 71 anos depois do ato, o jornalista entrou com requerimento alegando que a omissão de seu nome impedia seus direitos religiosos e afetava o sentimento de pertencimento à fé católica. Ao fazer novo requerimento em 2023, Zola alegou: “Essa discrepância tem me causado transtornos ao longo dos anos, ao me identificar com minha fé. Sinto que essa situação afeta minha conexão espiritual e meu senso de pertencimento à comunidade religiosa”, justificou.

 

O jornalista teve o pedido atendido pelo Arcebispo Dom Roque Paloschi, e em 30 de abril de 2024, teve sua certidão de batismo reemitida constando o seu verdadeiro nome completo, garantido seus direitos religiosos e sanando o problema.

 

Zola Xavier se sente agora um cristão católico completo e dentro da legitimidade. A reparação lhe garantiu motivação maior na fé e na comunhão com a igreja que pertence.

 

Origem do problema

 

Ao pesquisar sobre o assunto, foi constatado que o escritor francês Emile Zola foi excomungado pelo Papa Pio XII, o que impediu o casal Dionizio Xavier da Silveira e Maria dos Anjos da Silveira, batizar seu filho com o nome Zola. O sacerdote que realizou o ato batismal, para não contrariar a decisão papal, utilizou para a criança o pseudônimo “José”, para oficializar a celebração.

 

Ouvido pelo jornal eletrônico Rondoniaovivo, Zola Xavier da Silveira disse que o batismo foi realizado em Fortaleza do Abunã (distrito de Porto Velho) e contou com uma festa marcada para os padrinhos e convidados, que foi suspensa pela recusa do nome escolhido pelo casal. “Segundo meu pai, ainda foi tentado um 'acordo' mas ele não concordou em trocar o meu nome”, afirmou.

 

Satisfeito com o resultado, ele citou: “Setenta e um ano depois, fiz um requerimento à Arquidiocese solicitando a reparação, o que fui atendido pelo Arcebispo D. Roque Paloschi”, afirmou Zola Xavier.

Certidão de Batismo com o pseudônimo "José"

Certidão de Batismo atual constando o nome completo Zola Xavier da Silveira.

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