CANOAR: Terceira edição de evento da UNIR abre debate entre alunos e profissionais de Jornalismo

Com tema que reflete crise climática na Amazônia Rondoniense, colóquio organizado por estudantes quer aproximar sociedade geral da comunicação

CANOAR: Terceira edição de evento da UNIR abre debate entre alunos e profissionais de Jornalismo

Foto: Iza Muniz - Canoar - Dacom/UNIR; da dir. p/ esq.: Juliano Araújo, Benedito Teles, Quetila Ruiz e Solano Ferreira

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Em sua terceira edição, o Colóquio de Comunicação e Cultura na Amazônia Rondoniense (Canoar) reuniu três grandes figuras da comunicação de Rondônia para debater a cobertura jornalística nos tempos da crise climática. 
 
Na quarta-feira (04), alunos e professores do Departamento de Comunicação da Fundação Universidade Federal de Rondônia (Dacom/UNIR) realizaram a abertura do evento na sede do Ministério Público do Trabalho de Rondônia e Acre (MPT-RO/AC), em Porto Velho (RO).
 
O Colóquio uniu Solano Ferreira, editor-chefe do jornal eletrônico Rondoniaovivo, Benedito Teles, gerente de Jornalismo do Grupo Rede Amazônica (afiliada Globo), Quetila Ruiz, coordenadora de Jornalismo da emissora SIC TV (afiliada Record) e contou com a participação especial de Isabel Harari, jornalista do Repórter Brasil. 
 
Com o tema desta edição focado em analisar a importância do Jornalismo durante os tempos de crise climática, o primeiro dia do evento - que pela primeira vez desde sua concepção foi inteiramente realizado por alunos do curso de Jornalismo da UNIR - promoveu diálogos e falas que buscam esmiuçar o questionamento motor da noite: ‘Qual o papel do jornalista em tempos de crise climática?’.
 
 
 
FOTO: Jornalista Isabel Harari realizou apresentação sobre Jornalismo Investigativo de violações trabalhistas / Créditos: Iza Muniz - Canoar
 
 
Ferreira, jornalista atuante desde 1984, diz que o papel do profissional da comunicação no tempo da crise climática é o mesmo de sempre - formar (ou dissolver) consciências e visões de mundo. “Agora, em tempos de crise climática, é importante fugir do oficialismo e do discurso raso. É preciso especializar e humanizar as pautas, trazer uma informação importante que faça sentido para o público para que, enquanto jornalistas, possamos ajudar a sociedade a construir uma melhor consciência”, disse. 
 
O combate à desinformação e ao negacionismo também foi frisado durante a primeira mesa de debate, desta vez mediada por Juliano Araújo, professor doutor da UNIR. Benedito Telles, que além de gerir o Jornalismo do Grupo Rede Amazônica também atua como professor universitário, subiu o tom do ao pontuar a urgência que a cobertura noticiosa na Amazônia precisa ter. “Acho que é importante dizer que não estamos vivendo mais uma crise climática, mas sim uma emergência climática”, afirmou.
 

Público e Alvo

‘Aproximar, humanizar e especializar’ foram verbos constantemente conjugados durante o primeiro dia de Canoar. Todos os três convidados da primeira mesa de debate ressaltaram a importância da cobertura das questões amazorondênses por excelência. Quetila Ruiz, da SIC TV, instigou os universitários de Jornalismo a maximizarem a produção de informação sobre a crise climática. “Nós, aqui na Amazônia - e especialmente em Rondônia -, temos tudo na mão para pautar com responsabilidade a realidade da crise climática”, pontuou. 
 
O sentimento ressoou no estudante Joshua Lacerda, que fez parte da organização de Canoar. “Nós [estudantes e organizadores de Canoar] queremos devolver para a sociedade”, disse. 
 
 
FOTO: Estudante Joshua Lacerda participou de organização de Canoar / Créditos: Iza Muniz - Canoar
 

Serviço

A terceira edição de Canoar acontece até o dia 06 de dezembro de 2024. A próxima mesa de debate, que também será realizada na sede do Ministério Público do Trabalho de Rondônia e Acre nesta quinta-feira (05), tem como tema ‘Aternativas de comunicação e plataforma de dados para produção de conteúdo informativo socioambiental em Rondônia’. 
 
O debate, que é aberto ao público geral, será mediado pela jornalista socioambiental Léu Lopes e vai contar com a participação de Abner Paiter, do Centro de Medicina Olawatawah; Breno Vinícius, do Movimento dos Atingidos por Barragens Rondônia (MAB/RO);  Flávio Santos, jornalista do Observa RO, e de Taila Wajuru, comunicadora indígena que faz parte da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab). 
 
 
 
 
Além disso, Canoar oferece oficinas sobre Comunicação e Jornalismo ministradas por alunos, professores e profissionais da área. O evento também conta com uma exposição de fotografia e arte e uma feirinha artesanal de produtores locais. 
 
As inscrições para participar de Canoar ainda estão abertas e podem ser realizadas por ESTE LINK. 
 
Para conferir a programação e se inscrever nas oficinas gratuitas, que serão realizadas no último dia do evento em uma unidade do Instituto Federal de Rondônia (IFRO), acesse ESTE LINK.
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