APONTAMENTOS: Contrastes entre os hospitais João Paulo II e Regional de Vilhena

APONTAMENTOS: Contrastes entre os hospitais João Paulo II e Regional de Vilhena

Foto: assessoria

O sistema de saúde pública no Brasil frequentemente apresenta disparidades significativas entre diferentes instituições hospitalares. Um exemplo marcante dessa realidade pode ser observado ao comparar o Hospital João Paulo II, em Porto Velho, historicamente qualificado como o pior hospital do Brasil desde 2011, com uma iniciativa implantada no Hospital Regional de Vilhena. Este último, em contrapartida, tem demonstrado uma notável transformação nos últimos 18 meses, alcançando índices significativos de melhoria na qualidade dos atendimentos e zerando as filas de espera que se acumulavam há anos. Uma conquista impressionante em um cenário nacional de dificuldades no setor de saúde.
 
Localizado em Porto Velho, capital de Rondônia, o Hospital João Paulo II ganhou notoriedade negativa ao longo dos anos devido a diversos problemas crônicos e no último dia 14, voltou a ser destaque na mídia nacional, com uma ampla e dura reportagem na TV Record e outros veículos de expressão nacional, que o classificam como “fracassado”, ratificando o histórico de pior hospital do país.
 
Entre os principais desafios enfrentados pelo JP II, estão a superlotação e filas nos corredores. Pacientes frequentemente aguardam atendimento em condições inadequadas, inclusive nos corredores do hospital, devido à falta de leitos e infraestrutura insuficiente. Baixa qualidade no atendimento, com relatos de pacientes e familiares frequentemente mencionam demoras excessivas, falta de recursos básicos e dificuldades na obtenção de cuidados adequados.
 
Em contrapartida ao cenário desafiador do Hospital João Paulo II, o Hospital Regional de Vilhena (HRV), que hoje é gerido pela Santa Casa de Chavantes, experimentou uma notável evolução recente. Algumas das conquistas mais significativas incluem a melhoria na qualidade dos atendimentos com a implementação de novos protocolos de atendimento e gestão eficiente dos recursos humanos e materiais, resultando em uma experiência de cuidado mais satisfatória para os pacientes, que vem mantendo aprovação de 93% da população, além de atender satisfatoriamente a órgãos fiscalizadores como o Tribunal de Contas do Estado, que chegou a apontar informalmente a necessidade de expandir o modelo da Santa Casa para todo o estado.
 
Reorganização no quadro de pessoal a partir da visão de uma instituição especializada em saúde, na contratação de empresas prestadoras de serviços e investimentos em infraestrutura, permitiram ao HRV praticamente zerar as filas de espera em diversos procedimentos e a criação de novos e importantes tipos de exames, proporcionando atendimento mais ágil e eficaz que vem resultando em prognósticos positivos de gestão.
 
De acordo com dados divulgados pela entidade, a gestão eficiente e os resultados positivos do HRV refletem o potencial das entidades do terceiro setor na administração de serviços de saúde pública. Enquanto muitos hospitais públicos enfrentam desafios estruturais e administrativos, organizações como a Santa Casa de Chavantes demonstram que é possível alcançar melhorias significativas por meio de uma gestão transparente, focada na eficiência operacional e na qualidade do cuidado ao paciente.
 
Esses resultados são fruto da visão do prefeito de Vilhena, Flori Cordeiro Júnior, que corajosamente implementou a terceirização, apostando em uma mudança radical em uma saúde pública que beirava o caos até o fim de 2022. Tanto que a partir desse trabalho, o HRV passou a se destacar como o único hospital em Rondônia a buscar a certificação da Organização Nacional de Acreditação (ONA), um reconhecimento que atesta a qualidade e segurança dos serviços prestados.
 
A disparidade entre o Hospital João Paulo II e o Hospital Regional de Vilhena ilustra não apenas os desafios enfrentados pelo sistema de saúde pública no Brasil, mas também as possibilidades de transformação quando há uma gestão comprometida e eficiente. Enquanto um luta para superar problemas crônicos históricos, o outro serve como exemplo de sucesso na melhoria da qualidade dos serviços de saúde. A busca pela certificação ONA pelo HRV não apenas destaca suas conquistas recentes, mas também aponta para um futuro promissor na oferta de cuidados de saúde mais dignos e eficientes em Rondônia.
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