GREVE DOS PROFESSORES: ‘Se o Sintero quer alguma coisa, tem que judicializar’, diz Secretário de Educação

Governo marcou a volta das aulas presenciais em RO, para a próxima segunda (9), porém, os professores dizem que não irão voltar enquanto não estiverem totalmente imunizados

GREVE DOS PROFESSORES: ‘Se o Sintero quer alguma coisa, tem que judicializar’, diz Secretário de Educação

Foto: Divulgação

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Na próxima segunda-feira (9), as aulas presenciais da rede pública estadual retornam em todos os municípios de Rondônia. A nova metodologia adotada pelo governo é o ensino híbrido, onde os alunos poderão estudar a distância ou presencial. Porém, essa decisão do governo não foi bem-vista pelos profissionais de educação, segundo o Sindicato dos Trabalhadores de Educação (Sintero).
 
O Sintero em assembleia com os professores bateu o martelo e decidiu por realizar uma greve sanitária, devido alguns profissionais não estarem totalmente imunizados e o Estado não oferecer assistência adequada.
 
O sindicato quer adiar a volta às aulas presenciais para 15 de outubro. Representantes da entidade afirmam que nesta data o processo de imunização já estará acelerado e os professores possivelmente estarão totalmente vacinados. 
 
Porém, de acordo com o secretário Estadual de Educação, Suamy Vivecananda, os profissionais deverão protocolar a decisão em juízo. “Só um juiz pode fazer essa medida (greve). Se o Sintero quer alguma coisa, terá que judicializar, enquanto isso não acontecer, não existe, é só falácia”, declara.
 
O secretário informou, que, a princípio, o governo manterá a decisão da volta às aulas presenciais para segunda (9). “O governo não vai tomar nenhuma medida. Eu preciso ver primeiro o que vai acontecer. O sindicato está no papel dele, mas as afirmativas que eles fazem desrespeitam as estruturas existentes”, critica.
 
Ainda conforme Suammy, a decisão de voltar as aulas presenciais, foi tomada após uma recomendação da justiça. “Uma associação de pais entrou com uma ação no Poder Judiciário pedindo a volta do ensino presencial. A juíza já queria que a gente voltasse em julho, mas conseguimos segurar até agosto”, diz.
 
Segundo o secretário, pesou para o governo, a aplicação da vacina nos profissionais, não importando ser a primeira ou segunda dose. “A condição não seria com a segunda dose, a condição é com vacina. O dever de voltar é para socorrer os estudantes. Eu preciso dizer que em toda a sociedade, as pessoas precisam de um atendimento pessoal”, explica.
 
Risco de contaminação é responsabiliade dos pais
 
Atualmente, 194 mil alunos estão matriculados na rede pública estadual. O retorno será realizado sob as seguintes medidas: 25% da capacidade da sala de aula e distanciamento de 1 metro entre as carteiras. Neste primeiro momento os 2º, 5º, 6º e 9º ano do ensino fundamental e 3º ano do ensino médio, serão priorizados.
 
Os pais ou responsáveis que decidirem enviar seus filhos à escola, deverão assinar um termo de responsabilidade, assumindo o risco de contaminação pelo coronavírus. O Sintero criticou essa medida.
 
 “A atitude do Governo do Estado pode ser julgada como absurda, pois demonstra tamanha falta de sensibilidade com a comunidade escolar já que transfere responsabilidade de ações que deveriam ser de sua competência para terceiros”, afirma o sindicato.
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