Confira a coluna de Victoria Bacon
Foto: Divulgação
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Campanha pedindo deportação de Greenwald foi criada por robô e usuários reais da rede social acabaram ajudando a propagar a campanha contra o jornalista. Usuários reais da rede social acabaram ajudando a propagar a campanha contra o jornalista
O site O Antagonista apurou que até o momento nenhum dos citados nos tuítes do suposto hacker “Pavão Misterioso” procurou a Polícia Federal.
Seria natural que deputados e jornalistas citados cobrassem das autoridades a abertura de uma investigação sobre o caso.
Se não foram hackeados, como alegam, estariam sendo vítimas de fake news – e há um inquérito no STF sobre esse tipo de crime.
Como transformar criminosos em vítimas e agentes da lei em criminosos?
Eis a acusação que Glenn Greenwald, do site The Intercept, repete em sua tentativa de macular o jornalismo independente. A distância deve prejudicar a compreensão…
O ex-presidente Lula e o dono do site The Intercept.
Há um abismo a separar o jornalismo sério do Intercept, cujas ações tentam ferir Sergio Moro e destruir a Lava Jato.
O que o Intercept faz —
Quarteto que foi objeto de ataque do Pavão Misterioso formado por Glenn, Dadiv, Frexo e Wyllys
Greenwald não está fazendo jornalismo, e sabe disso. De bobo, não tem nada; mas está cheio de bobos caindo na sua conversa fiada. Ele está apenas se servindo do produto de um furto – material de autenticidade duvidosa, sujeito a manipulações e não devidamente escrutinado, como foi reconhecido por um dos seus funcionários. Tudo isso para tentar tirar o chefe de uma organização criminosa da cadeia. E, assim, abrir caminho para a anulação de todas as condenações obtidas pela maior investigação de corrupção da história brasileira
Pedido de deportação de Glenn viraliza nas Redes Sociais.
A empresa de pesquisas DFRLab verificou algumas contas do Twitter que desencadearam uma campanha pedindo a deportação do jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept, de volta para os EUA.
A campanha de protesto usou várias hashtags e, entre elas, uma das mais populares (#DeportaGreenwald) foi analisada e apontou que várias das contas mais ativas são suspeitas de comportamento automatizado, com atuação de perfis falsos e robôs. Um exemplo é a de "Vânia", identificada como @Vnia60277936, que chegou a postar a hashtag 294 vezes em quatro horas e meia.
Criada por bots, impulsionada por pessoas.
O estudo concluiu que, embora a campanha tenha surgido com os bots, grande parte dos retweets foi feito por usuários reais do Twitter. Um dado interessante é que o primeiro e o terceiro posts mais populares eram exatamente contra a campanha, sendo que um deles citava que as "milícias digitais" a favor de "calar" Greenwald são as mesmas que criticam a falta de liberdade de expressão na Venezuela.
Estaria na hora de deportar Glenn Greenwald?
Jornalista caminha na linha tênue entre o jornalismo e a ilegalidade.
Em 2013, Greenwald esteve envolvido em um caso em que seu parceiro, David Miranda, hoje suplente do deputado federal Jean Wyllys, foi acusado pelo governo britânico de espionagem e terrorismo. Miranda foi detido no aeroporto de Londres carregando um pendrive com 58 mil documentos secretos da NSA e do GCHQ britânico. Ele seria o mensageiro entre Greenwald e o ex-administrador de sistemas da CIA e da NSA, Edward Snowden, responsável por vazar diversos documentos das agências de inteligência dos Estados Unidos. Snowden hoje é asilado na Rússia.
Há muitos motivos mais para se considerar e se justificar uma deportação de Greenwald do que haviam para a deportação de Larry Rother e, até o momento, o governo Bolsonaro não tomou qualquer medida contra o jornalista - nem dá sinais de que irá tomar. Mas ainda será sempre a “ditadura bolsonarista”, enquanto Lula, por muito menos, expulsava jornalistas sob os aplausos da esquerda e é tido como o “rei da democracia” pelos pelegos vermelhos.
Jean Wyllys, ex deputado federal foi alcançado pelas mensagens divulgadas pelo Pavão Misterioso onde aponta que ele vendeu seu mandato parlamentar.
Fontes de apoio:
Site O Antagonista em 07 de julho de 2019.
Portal Terra acesso em 08 de julho de 2019.
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