A contribuição com o projeto é liberar recursos financeiros para a contratação de serviços.
Foto: Divulgação
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Em 1975, dois anos antes da emancipação do município de Vilhena (RO), Terezinha Wobeto lançou “O Jornal da Morcegada”, considerado o primeiro veículo jornalístico da cidade. Na comemoração dos 40 anos de emancipação político-administrativa de Vilhena, cujo aniversário é festejado em 23 de novembro, o site jornalístico MORCEGADA, coordenado por pesquisadores do Departamento de Jornalismo (DEJOR) da UNIR, homenageia essa publicação jornalística pioneira da cidade.
O site foi desenvolvido pelo professor Allysson Martins, docente do DEJOR, com colaboração, na identidade gráfica, dos alunos Maria Victória Silva e Rauã Araújo. Segundo o professor, servidores do Campus de Vilhena, como José Barnabé Júnior e Fábio Freitas, realizaram apoio técnico sempre que possível, não medindo esforços para que o produto estivesse hoje no ar. “Sem todo esse apoio caseiro, não haveria Morcegada ou qualquer outro site jornalístico, espaço fundamental para a formação dos estudantes do curso”, afirmou o docente.
Martins destaca ainda o apoio do Departamento de Jornalismo, que contribuiu com o projeto ao liberar recursos financeiros para a contratação de serviços de terceiros, desde o início de 2017.
O Jornal da Morcegada
Ativo até 1980, nos primeiros anos, o “Jornal da Morcegada” tinha circulação restrita apenas ao Recanto dos Tangarás, espaço em que Terezinha Wobeto se reunia aos finais de semana com alguns de seus conterrâneos sulistas em Vilhena. O veículo começou com informações sobre os encontros semanais, mas logo passou para publicações de assuntos relevantes para toda a cidade.
“O jornal também noticiava assuntos de interesse da sociedade. Esses assuntos se restringiam ao bem-estar da coletividade, como por exemplo, a situação da BR-364 e as dificuldades de comunicação com o resto do País. Por essa época [1975], acho que a cidade não tinha mais que mil habitantes”, disse Terezinha Wobeto, em entrevista concedida anteriormente ao ex-aluno da UNIR Nicola Nicolielo.
Sobre o site MORCEGADA
O MORCEGADA constitui-se agora, em sua versão digital, em um espaço para experimentação de jornalismo digital em profundidade pelos estudantes do curso de Jornalismo da UNIR. “A ideia é que seja um espaço experimental para uma produção de jornalismo digital de qualidade, a partir das especificidades desta mídia, aliada às abordagens em profundidade, através de uma matéria principal e suas vinculadas, a fim de desdobrar a temática”, explicou Allysson Martins, acrescentando que apesar da linha editorial distinta do jornal da década de 1970, existe uma semelhança no tocante à experimentação e à inovação dos dois veículos, cada um em sua época.
Dividido em cinco categorias, “Principal”, “Especial”, “Destaque”, “Entrevista/Perfil” e “Opinião/Literatura”, o site publica matérias que evidenciem as especificidades do jornalismo digital, sobretudo a hipertextualidade e a multimidialidade, através de pautas que permitam uma abordagem mais profunda sobre diferentes temáticas.
“Os parâmetros teórico-práticos discutidos em disciplinas e projetos, a partir das investigações de exemplos e situações concretas, servem de guia para uma produção jornalística de qualidade realizada pelos discentes”, disse o professor.
As matérias são todas produzidas por alunos do curso de Jornalismo, com exceção dos artigos de opinião, que podem ser escritos por convidados ou outras pessoas que se disponham a trazer uma perspectiva interessante sobre os temas em pauta. A escolha das pautas ocorre durante o semestre letivo, sempre vinculada a alguma disciplina. Hoje, elas são desenvolvidas na disciplina de Jornalismo e Convergência de Mídias, ministrada pelo professor Allysson Martins, mas também podem ser trabalhadas em outras disciplinas que enfatizem a produção jornalística.
O professor conclui afirmando que o site MORCEGADA “é o primeiro veículo com esse formato destinado à produção discente, que, finalmente, possui um espaço adequado para escoar o que já era realizado dentro de sala. A visibilidade do produto também serve como estímulo aos estudantes, que já podem começar a produzir um portfólio com essas produções. É interessante observar que, mesmo após formados, muitos não conseguem espaços nos veículos para desenvolver o jornalismo desta maneira”.
* O resultado da enquete não tem caráter científico, é apenas uma pesquisa de opinião pública!