Polícia Técnica libera no prazo de 15 dias exames de DNA antes enviados para Brasília

Polícia Técnica libera no prazo de 15 dias exames de DNA antes enviados para Brasília

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Foto: Divulgação

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 Todo os exames de DNA enviados para institutos de Cuiabá, Brasília e Manaus, com prazo de até seis meses para conclusão, agora são liberados de 15 a 20 dias pelo Instituto DNA Criminal (Idnac), da Polícia Técnica de Rondônia (Politec), em Porto Velho. O anúncio foi feito hoje (21) pelo diretor-geral da Politec, Girlei Marinho.

DNA é a sigla em português para ácido desoxirribonucleico, um composto orgânico cujas moléculas contêm as instruções genéticas que coordenam o desenvolvimento e funcionamento de todos os seres vivos e de alguns vírus.

De 2011 até o início de 2017 o instituto totalizou mais de 400 exames de DNA de diferentes situações: violência sexual e cadáveres são mais requisitados. Desse montante, 70 casos foram identificados e se tornaram referência.

O Idnac trabalha atualmente com a seguinte linha: paternidade criminal, crimes sexuais, locais de crime, crimes contra a vida, crimes contra o patrimônio, e identificação humana.

Após a assinatura do termo de cooperação técnica entre a Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania, Departamento de Polícia Federal e Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça, o Governo de Rondônia espera a inclusão do Idnac na Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos, que agrega perfis genéticos das amostras biológicas deixadas pelos infratores nos locais de crime [ou no corpo das vítimas] em todo o País.

Oito freezers estão lotados com material catalogado minuciosamente com o número de casos, tipo de material e de investigação que se pretende obter.

Diariamente, estagiários do curso de Química do Instituto Federal de Rondônia trabalham na sala de soluções e lavagem, ao lado da sala de custódia. À tarde levam sua experiência para a sala de aula, a exemplo de Laís Souza e Natali Bukoski, que na manhã de terça-feira (21) ali estavam.

PERFIL EM 40 MINUTOS

A modernidade está presente na Politec: o extrator funciona na temperatura de 25 graus C, mas o superfreezer congela materiais a 45 graus negativos. O analisador genético, com oito amostras por vez, está avaliado em R$ 500 mil. Ele utiliza capilares com polímeros e sua placa tem 96 espaços.

Graças a esse aparelho, em 40 minutos é possível chegar ao perfil do indivíduo.

Marinho mostrou as salas do institutos, acompanhado do diretor do Idnac, Flávio Ricardo Leal da Silva, e do  perito Adayrton Fortunato. Numa delas está o extrator automático, que examina amostras “mais complicadas” [biológicas, dos locais de crimes], permitindo o confronto de perfis. “Ele recupera a qualidade do DNA rotineiro”, explica Flávio.

CADEIA DE CUSTÓDIA

Na sala de pré-PCR [para teste de paternidade desde 1990] são preparadas soluções, e na sala do PCR o equipamento que possui marcadores com florescências amplia o DNA na parte alvo, mediante fragmentos específicos, obtendo-se a caracterização em dois tipos: autossônico e a parte específica do cromossomo Y, apresentada somente por indivíduos do sexo masculino.

Já a análise de perfil genético trabalha com 22 marcadores, à base de biologia molecular e estatística. O cuidado para evitar trocas de amostras é fundamental no instituto, assegurou Flávio, destacando a importância da chamada cadeia de custódia. Trata-se da documentação da história cronológica da evidência, garantindo-se o rastreamento das evidências utilizadas em processos judiciais e registrando quem teve acesso ou as manuseou.

“Isso evita a falsa inclusão ou falsa exclusão. O DNA indica a autoria robusta com base científica”, explicou o diretor.

NOVA MUDANÇA

“Mudamos de um local improvisado, no Instituto Laboratorial Criminal para cá [Avenida Pinheiro Machado], e daqui iremos para outro prédio, próximo ao Instituto de Criminalística, instalando confortavelmente nossas salas de trabalho”, disse Girlei Marinho.

A nova mudança está contemplada em processo corrente o Departamento de Estradas de Rodagem, com recursos do Programa Integrado de Desenvolvimento e Inclusão Socioeconômica do Estado de Rondônia, administrados pela Secretaria Estadual de Planejamento, Orçamento e Gestão.

Segundo ele, o funcionamento do Indnac no atual endereço fez a Politec desencaixotar equipamentos até então armazenados no almoxarifado do Estado. “A isso se somou a compra de modernas máquinas, insumos, adequação de instalações e padronização de técnicas de exames”, acrescentou.

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