O cometa 73P/Schwassmann-Wachmann foi descoberto pelos astrônomos alemães Arnold Schwassmann e Arno Wachmann em 1930
Foto: Divulgação
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Astrônomos do Observatório web Slooh fotografaram o cometa 73P durante seu voo nas proximidades da Terra e descobriram que ele começou a se desintegrar, sendo pouco provável que sobreviva ao próximo "encontro" com o Sol ou Júpiter, relata o serviço de imprensa da organização.
"Nos meses seguintes, o cometa ficará em maior risco. Em meados de março ele se aproximará ao máximo do Sol, e em seguida vai iniciar a viagem de volta para o reino de Júpiter, um dos principais "assassinos" de cometas no Sistema Solar. A aproximação do Sol neste ano e de Júpiter em 2025, se ele sobreviver a um encontro com o nosso astro, vai expor o núcleo do 73P à influência de forças poderosas de atração de uma estrela e de um planeta gigante. Parece que eles já começaram a dividi-lo pela metade", disse Paul Cox do Observatório Slooh.
O cometa 73P/Schwassmann-Wachmann foi descoberto pelos astrônomos alemães Arnold Schwassmann e Arno Wachmann em 1930, e até o início do milénio, não tinha atraído a atenção dos cientistas. Ele se movimenta habitualmente nas órbitas da Terra e de Júpiter, periodicamente se aproximando do Sol a cada cinco anos e quatro meses e visitando as cercanias da Terra a cada 16 anos.
Em 2006, ele atraiu a atenção de astrônomos pelo fato de que os cientistas descobriram os primeiros sinais de que o núcleo do cometa começou a se desintegrar. Os primeiros fragmentos, como mostrou a análise de dados históricos, separaram-se dele em 1995, e em 2006 foram detetados oito grandes fragmentos do cometa movendo-se em trajetórias paralelos com ele. A análise do seu estado mostrou que ele pode se desintegrar completamente neste século.
Este processo, como observa Cox, poderia ter começado hoje — como mostram as imagens, obtidas pelos astrônomos do Observatório Slooh no fim da semana passada com a ajuda de seus telescópios no Chile, o núcleo do cometa começou a dividir-se em duas metades durante a sua última aproximação à Terra.
Quando o cometa se aproximar do Sol e a temperatura de sua superfície subir, o derretimento dos gases congelados e a atração do astro podem dividi-lo em muitas partes, que ou se espalharão por todo o Espaço, ou voltarão a congelar no caminho do 73P para Júpiter. No caso de o cometa sobreviver ao encontro com o astro, ele pode também se desintegrar durante a aproximação de Júpiter, que destrói muitos cometas cada ano.
Os cientistas continuam a monitorar o destino do 73P usando telescópios no Chile e vários observatórios no Havaí. Por si só, o cometa Schwassmann-Wachmann não representa nenhuma ameaça para a Terra, mas observá-lo pode ajudar os cientistas a prever melhor o tempo de vida dos cometas e como suas órbitas mudam na interação com o Sol e os planetas gigantes.
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