A incidência acumulada do mal, ou seja, a quantidade de doentes a cada grupo de 100 mil habitantes, é de 25,3% no DF.
Foto: Divulgação
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Até essa quinta-feira (30/6), a capital federal registrou 737 casos de caxumba. Desde o início do ano, ocorreram 20 surtos isolados da doença em Brasília: 13 em escolas, três em residências, dois em complexos penitenciários e dois em outros locais não divulgados. Somente em junho, houve 12 situações. De janeiro a junho, a Secretaria de Saúde notificou 757 pessoas com os sintomas de caxumba — febre, inchaço das glândulas salivares, calafrios, dor de cabeça e ao mastigar e engolir. Dessas, 737 ocorrências foram em moradores de Brasília — a maioria (467) em homens (o vírus pode infeccionar os testículos causando esterilidade).
O Boletim Epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde mostra que as regiões administrativas com o maior número de ocorrências são Ceilândia (133), Taguatinga (111), Guará (67) e Samambaia (66). A maioria dos casos ocorreu em homens com 467 infecções — o que representa 63,4% do total.
As faixas etárias de 20 a 49 anos, com 58,8% dos casos e de 15 a 19 anos com 30,9% , permanecem com as maiores proporções de incidência. Todas as 31 regiões administrativas registraram casos da doença. A incidência acumulada do mal, ou seja, a quantidade de doentes a cada grupo de 100 mil habitantes, é de 25,3% no DF. Asa Sul, Ceilândia, Lago Sul, Samambaia e São Sebastião são as cidades que mais identificaram surtos.
VEJA TAMBÉM: Caxumba: vacinação é essencial na prevenção
Monitoramento
Como medida de combate, a Vigilância Epidemiológica monitora os casos suspeitos. Para frear a doença, a Secretaria de Saúde divulgou 11 medidas de controle. "Quanto há surto, a secretaria alerta para a necessidade de isolamento social dos pacientes de, no mínimo, dez a 15 dias — contados a partir dos primeiros sinais e dos sintomas da doença. Como a contaminação ocorre por meio de gotículas de salivas, devem-se evitar ambientes aglomerados e fechados e compartilhar copos e talheres. Também é importante ingerir líquidos", destacou em nota.
Veja as medidas divulgadas pela Secretaria de Saúde:
- Frequente lavagem e higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento;
- Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
- Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
- Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
- Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
- Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
- Manter os ambientes bem ventilados;
- Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da caxumba;
- Evitar sair de casa em período de transmissão da doença;
- Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados);
- Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.
A caxumba
A caxumba, doença caracterizada principalmente pelo inchaço das glândulas que produzem saliva, pode ser contraída mais de uma vez, mesmo quando ocorre a vacinação ou a primeira contaminação. Entretanto, esses casos são bastante raros. Segundo a literatura médica, um indivíduo pode registrar mais de uma ocorrência de coqueluche, infecção marcada por tosse severa e seca, embora sejam situações isoladas.
No Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina a tríplice viral — que protege contra caxumba, sarampo e rubéola — está disponível gratuitamente para pessoas de até 49 anos de idade. Para crianças e adolescentes de até 19 anos, estão disponíveis as duas doses. Para pessoas entre 20 e 49 anos, o sistema público de saúde oferece apenas uma dose. Não existe um tratamento específico para a doença.
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