Nestlé quer comprar café de Rondônia

Café de Rondônia ultrapassa 1,6 milhão de sacas na safra. O Estado tem 22 mil pessoas produzindo café em 87 mil hectares de terra...

Nestlé quer comprar café de Rondônia

Foto: Divulgação

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A Nestlé quer comprar anualmente 100 toneladas de café produzido em Rondônia. O anúncio feito oficialmente na quarta-feira (11) pelo coordenador do Conselho de

Desenvolvimento do Estado de Rondônia (Conder), Rubens Nascimento, alegrou os participantes da reunião ordinária desse órgão, na sede da Secretaria Estadual de Agricultura (Seagri).

A Nestlé montou uma fábrica de cápsulas de café e, inicialmente, precisou importar o produto. “O leque se abre”, comentou Nascimento. O Conder está animado com a estimativa de colheita de até quatro milhões de sacas de café no estado, dentro de dois a três anos.

De acordo com o secretário de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento (Seagri), Evandro Padovani, além do clima favorecer, a competitividade de Rondônia aumentou porque a produção nos estados de Minas Gerais e Espírito Santo caiu 30%, devido a problemas climáticos.

O Conder foi informado da exigência de registros de viveiros pela Agência Idaron. Em um deles, em Alto Alegre dos Parecis (Zona da Mata rondoniense) existem mais de 1,1 milhão de mudas.

Rondônia é hoje o primeiro produtor de café da região Norte do Brasil. Com predominância de mini e pequenos agricultores, 22 mil pessoas cultivam o grão em 87 mil hectares de terra, é o quinto maior produtor do Brasil e o segundo maior produtor de Conilon (Coffea canephora).

Segundo a Unidade de Rondônia da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a BRS Ouro Preto, nova muda clonal de café Conilon, desenvolvida especialmente para as condições de clima e de solo locais, permite a produção de 80 sacas de café por hectare, sem irrigação; e de 100 a 130 sacas por hectare com irrigação”.

Levantamento feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) revela que 5% dos produtores no estado adotaram tecnologias e práticas culturais, empregando cultivares melhoradas, fazendo controle fitossanitário, adubando, irrigando e melhorando práticas de colheita e pós-colheita. Isso possibilita a obtenção de elevada produtividade e um produto de boa qualidade, a custo compatível com a exploração da lavoura. Consequentemente, mais lucro.

No município com a maior área plantada de café em Rondônia, São Miguel do Guaporé (na BR-429), a média de produtividade já alcançou 15 sacas por hectare.

 

VITRINE TECNOLÓGICA

Segundo o engenheiro agrônomo, Roberto Santiago, da Seagri, o estado investe bem na vitrine tecnológica. “Rondônia tem atualmente 22 unidades demonstrativas e, por elas, o agricultor visualiza e compreende novas tecnologias da produção, produtividade e qualidade do grão”, explicou.

Ainda conforme Santiago, o estado também investe na compra de fertilizantes e calcário, trabalha na aquisição de mudas clonais, oferecendo assistência técnica gratuita permanente aos agricultores.

“A alta qualidade de cafés produzidos faz de Rondônia um fornecedor confiável e capaz de atender às necessidades das grandes empresas”, assinalou o agrônomo, completando que é o caso da Nestlé, que não comprava dos produtores locais há quase 10 anos, “e agora enviou um corpo técnico a fim de conhecer nossa produção”.

 

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