O presidente do Singeperon, Anderson Pereira, sugeriu a Confúcio Moura a contratação imediata dos que estão concluindo o Curso de Formação e pediu investimentos em equipamentos de segurança de uso dos servidores
O Sindicato dos Agentes Penitenciários, Socioeducadores, Técnicos Penitenciários e Agentes Administrativos Penitenciários de Rondônia (Singeperon) enviou ofício diretamente ao governador Confúcio Moura alertando-o para o risco iminente de turbulências, rebeliões e motins nas principais unidades prisionais e socioeducativas do estado, devido ao efetivo mínimo de agentes penitenciários e socioeducadores.
De acordo com o presidente do Singeperon, Anderson Pereira, que assina o documento, a situação sempre fica tensa nesta época do ano. “O quadro exige que se disponibilize logística e efetivo de servidores para que se realize um trabalho preventivo afim de evitar possíveis chacinas e salvaguardar a integridade física e a vida”, relatou.
Para amenizar o problema, o sindicato sugeriu no ofício a contratação imediata dos mais de 240 candidatos aprovados em concurso público que estão em fase de conclusão do Curso de Formação Profissional na Escola de Estudos e Pesquisas da Secretaria de Estado de Justiça (Sejus), com previsão para encerrar no próximo dia 20.
A entidade sindical também expressou grande preocupação quanto ao treinamento de agentes penitenciários e socioeducadores para agirem em intervenção no caso de situações de risco, o que está pactuado e é uma cobrança constante a cada visita da Comissão Internacional de Direitos Humanos. “A Sejus sequer conseguiu confeccionar a minuta de criação de um grupo capaz de atuar em situações críticas, o que certamente viria amenizar a insuficiência de servidores plantonistas, principalmente na Capital”, registrou o presidente, ao destacar também que a criação deste grupo possibilita utilizar com menos frequência as forças policiais, liberando para atuar em prol da sociedade.
O líder sindical conclamou ao chefe do Executivo também pela urgente necessidade de reequipar as unidades prisionais e socioeducativas de instrumentos básicos de segurança, tais como armamento, munição não letal, agentes químicos, capas de chuva, lanternas, pilhas, colete balístico, tonfas, dentre outros.
“Nossa preocupação, que é de todos os filiados, é ter um bom relacionamento com os gestores da Sejus e desta forma chegar a um método de trabalho que resulte também em um padrão de qualidade de trabalho esperado pela sociedade e demais poderes constituídos”, finalizou Pereira.